A ideia desse livro tem sua origem no desafio de entender, como o agronegócio do cacau no estado do Pará chegou na posição de segundo maior produtor brasileiro e, em alguns momentos, o primeiro.
No cumprimento desse desiderato, abrimos o livro com todo um capítulo reservado para a contribuição portuguesa ao agronegócio cacau. Evidentemente que pinçamos os fatos, em nosso entender, mais marcantes da história, garantindo que os autores que nos antecederam e serviram de base para esse capítulo, fossem acessados em seus artigos e livros, tendo sido objeto de garimpagem literária na construção do modo como articulamos a nossa forma de ver esse encadeamento de acontecimentos.
Um registro que merece destaque é a célebre frase do jesuíta espanhol Cristóbol Acuña (1597-1675), que acompanhou a viagem de volta de Pedro Teixeira empreendida de Quito a Belém, dizendo que “…seria o cacaueiro silvestre um dentre os quatro produtos que, se cultivados, seriam, indubitavelmente suficientes para enriquecer, não somente um, mas muitos reinos”. Parece haver poucas dúvidas de que as palavras proféticas do Jesuíta se concretizaram no presente.
Entre os anos de 1974 e 1976 o mercado internacional sinaliza que a demanda pela importante matéria prima do chocolate (as amêndoas secas de cacau) está aquecida. No atendimento a esse sinal, o Brasil estabelece um plano audacioso de desenvolvimento da cacauicultura nacional, estabelecendo como meta principal ser, no mínimo, o segundo maior produtor mundial de cacau; nasce, então o Programa de Diretrizes para Expansão da Cacauicultura Nacional (PROCACAU 1976-1985). Tal meta não foi conseguida. Contudo, a iniciativa abriu a possibilidade de desviar o eixo da cacauicultura brasileira, centrada nos estados da Bahia e Espírito Santo. O tempo comprovou que, mesmo não sendo uma estratégia explícita no Programa, hoje a Amazônia, liderada pelo estado do Pará, é uma das melhores oportunidades para a expansão dessa atividade agrícola no Brasil.
Como um sonhador amazônico, mantenho a esperança de que as autoridades farão a opção pelo desenvolvimento (crescimento com qualidade de vida).
Número de páginas | 200 |
Edición | 1 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Portugués |
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