"Areial Pardo: O Peso Invisível da Ausência" é uma narrativa densa e poética que explora o tema do esquecimento e da memória através da história de um protagonista que retorna a sua vila natal, Areial Pardo, apenas para descobrir que o lugar está sendo gradualmente apagado da existência. Casas, pessoas e até mesmo o cemitério desaparecem sem deixar rastros, e os habitantes sequer se lembram de que um dia existiram. Aos poucos, o protagonista percebe que o próprio tempo está "devorando" a vila, apagando não apenas lugares, mas também as lembranças e identidades das pessoas.
Acompanhado por uma mulher misteriosa que também resiste ao esquecimento, ele embarca em uma jornada surreal pelo "Cemitério dos Esquecidos", um limbo onde os fragmentos da realidade desaparecida se acumulam. Lá, ele confronta sombras do passado, incluindo versões distorcidas de si mesmo, e descobre que a única forma de resistir ao apagamento é escrever e lembrar. A narrativa mergulha em questões filosóficas sobre identidade, existência e a importância da memória coletiva, enquanto o protagonista luta para preservar o que resta de sua história e da vila.
Com uma prosa lírica e atmosfera onírica, a obra questiona o que significa existir quando tudo ao redor — e dentro de nós — está sendo esquecido. O final aberto sugere que a batalha contra o esquecimento é contínua, e que a escrita e a lembrança são atos de resistência contra a dissolução do ser.
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