Em um mundo onde a evolução tecnológica redefiniu os limites do poder, da soberania e da própria condição humana, a guerra já não precisa de tanques, mísseis ou fronteiras físicas. Ela acontece em silêncio, em milissegundos, dentro de cabos de fibra óptica, servidores ocultos e redes neurais artificiais. É a Guerra Fria Digital: um conflito permanente, invisível e assimétrico em que Estados-nação, corporações transnacionais e atores não estatais disputam o controle da infraestrutura crítica, da opinião pública e da memória coletiva da humanidade. Partindo da premissa de que o Direito nunca foi estático — mas um organismo vivo que se adapta (ou perece) às transformações da sociedade —, este livro analisa o Estado Democrático de Direito brasileiro diante da maior ameaça existencial do século XXI: as ciberguerras. Ataques estrangeiros patrocinados por potências rivais, campanhas de desinformação em escala industrial, sabotagens a redes elétricas, sistemas financeiros e cadeias logísticas, paralisações de hospitais por ransomware, vazamento em massa de dados estratégicos — tudo isso já não é ficção, mas realidade cotidiana que expõe a fragilidade das estruturas constitucionais desenhadas para guerras convencionais. Até que ponto o estado de defesa e o estado de sítio previstos na Constituição de 1988 são capazes de responder a um ataque cibernético que desliga o país sem disparar um único tiro? É possível manter as garantias fundamentais quando o inimigo não usa uniforme e opera
| Número de páginas | 79 |
| Edición | 1 (2025) |
| Idioma | Portugués |
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