
As eleições presidenciais brasileiras de 2018 e 2022 configuram marcos paradigmáticos na reconfiguração do espaço político-midiático, evidenciando a supremacia das redes sociais sobre os mecanismos tradicionais de articulação eleitoral. Este estudo propõe uma análise crítica e quantitativa das referidas eleições, correlacionando o perfil sociopolítico do eleitorado à vertiginosa disseminação de notícias fraudulentas. Constatou-se que a receptividade às fake news transcende o nível de instrução formal, encontrando substrato mais sólido nas convicções ideológicas e nos alinhamentos partidários preexistentes. Nesse sentido, os fenômenos do viés de confirmação e da pós-verdade revelam-se catalisadores da desinformação, ao se imiscuírem nos arquétipos cognitivos dos indivíduos, promovendo uma aceitação acrítica que perpetua um ciclo autossustentável de ilusão. A investigação ainda lança luz sobre a dimensão ético-cívica da problemática, destacando a urgência de cultivar uma cultura de responsabilidade informacional no seio da sociedade civil. Tal perspectiva se reveste de especial gravidade frente aos ataques reiterados ao Supremo Tribunal Federal, impulsionados por campanhas desinformativas e manifestações antidemocráticas. Com isso, o estudo advoga pela compreensão estrutural do fenômeno, visando à construção de estratégias integradas de enfrentamento, pautadas na promoção da educação crítica, na regulação das plataformas digitais e na preservação dos pilares democráticos.
Número de páginas | 119 |
Edición | 1 (2025) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabado | Tapa blanda (sin solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Portugués |
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