O Jardim de Aphrodite

Muito se fala sobre o AMOR. As religiões, os profetas, as redes sociais, frases de efeito espalhadas pelo mundo virtual…. mas o que é o AMOR verdadeiro? O amor que não é mera palavra ou substantivo? O amor que é Verbo, Escolha, Ação? Aquele amor que embalava os contos-de-fadas ou histórias antigas? O amor capaz de motivar exércitos, batalhas e aventuras inesquecíveis? Esse amor ainda existe? Ou já estará extinto? Desaparecido de nosso mundo líquido? Na era em que passamos mais tempo idolatrando telas de celulares de poucos centímetros, conectados 24hs à tudo e à todos, ainda existe espaço para esse amor?

É isso que nossa protagonista tenta descobrir: auxiliada por um misterioso (e muitas vezes melancólico) “Jardineiro", nossa jovem “Sonhadora" parte em uma jornada onírica através do mundo real e do mundo dos seres encantados a fim de descobrir se ainda é possível encontrar amor verdadeiro em algum lugar.

Motivada por Aristóteles, que dizia que o amor é “formado por uma única alma habitando em dois corpos”, a Sonhadora também depara-se com o “Novo Profeta”, que prega a religião e a espiritualidade da nova humanidade. Numa desconstrução do emblemático “Sermão da Montanha” de Cristo, o profeta ensina o novo homem a rezar: “Pai Nosso que estais online; santificado seja o vosso perfil. Venha a nós os vossos seguidores; sejam feitos os vossos stories, assim no instagram como no tiktok. A curtida nossa de cada dia nos dai hoje; Perdoais os nossos directs assim como jamais perdoaremos a quem não nos respondeu. E não nos deixeis ficar sem celular, mas livrai-nos do real.” .

Agora, cabe à Sonhadora (e a cada um de nós), encontrar, escolher e nutrir aquilo que julga ser o amor verdadeiro.