Inúmeras foram as obras, os estudos, os ensaios que se debruçaram sobre o espinhoso tema da escravidão, no entanto pouco trabalho foi feito e desenvolvido pelos próprios africanos sobre o assunto e muito menos por um africano príncipe e descendente de escravo. Essa característica por si só proporcionaria uma grande importância a essa obra, mas tem mais. O autor foi mais fundo ainda interrogando os motivos mais escondidos da escravidão, mais escondidos desse “MENOSPREZO OCIDENTAL”, buscou trazer para o publico latino americano o que foi, e como se deu a escravidão na África pré-colonial.
E como se não bastasse ele decidiu apresentar figuras emblemáticas africanas e da diáspora que fizeram historia, mas que são pouco ou quase desconhecidos. Também há alguns documentos históricos tidos pela comunidade dos historiadores como importantíssimos que o autor levou ao conhecimento do público brasileiro, mostrando e revelando que a África, há muitos anos atrás, havia oferecido à humanidade uma declaração dos direitos humanos muito melhor que aquela está atualmente vigente.
E como para quebrar qualquer parede de desentendimento, ou de silêncio imposto pelos outros, entre o Brasil e a África ocidental francófona, ele resolveu trazer para o leitor brasileiro uma série de discursos chaves de chefes de Estados franceses e africanos. E fecha a obra em uma análise que não deixa a atualidade política africana de lado, o que possibilita uma compreensão ainda mais profunda daquilo que é a África de hoje. Portanto é uma pesquisa que apela para a juventude, a sociedade civil, as mulheres africanas e da diáspora para reverter de vez esse quadro no qual a África nunca sai ganhando.
A citação que mais sintetiza esse longo movimento histórico-social é: “No entanto, o ato inicial do comércio de escravos, no minimo bárbaro tornou-se um ato fundador de civilização.” Ele observa ainda a injustiça de um desenvolvimento que benefeciou apenas um lado: o Ocidente.
– Mohammed Aboua Kumassi Koffi Blaise, marfinense, doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP).
Número de páginas | 416 |
Edición | 1 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Portugués |
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