Poesia Transversa e Outras Coisas

Falemos de flores, de amores e mesmo de dores. Façamos protestos, sejamos honestos. Façamos poesia.

Aqui, nessas páginas, falamos de muitas coisas, tantas coisas, ou mesmo de Outras Coisas. Mas, transversamente, falamos de uma nova estética para a disposição das palavras emanadas do fundo do ser que existe, do dos porões existenciais do poeta que habita em todos nós.

Poesia Transversa é um jeito especial de dispormos lado a lado os versos de uma mesma poesia em duas colunas.

Um disco de vinil possui seu Lado A e seu Lado B, e nós podemos escolher ouvir um dos lados apenas – aquele que mais se aproxima do nosso gosto musical – ou ouvi-lo sequencialmente, ou mesmo na ordem invertida. Quanto mais homogêneo for o disco, memos importa essa ordem. Isso é a Poesia Transversa.

Nós, os humanos, também temos nossos lados A e B, e quanto mais equilibrados (ou desequilibrados) nós somos, mais (ou menos) esses lados se parecem. E costumamos enxergar os demais humanos segundo nosso Lado B. A Poesia Transversa apresenta essa estética, com duas, três faces para serem lidas e deglutidas. Podemos ler de maneira independente cada uma das colunas e encontraremos dois poemas distintos, às vezes contraditórios.

Também podemos ler as duas colunas sequencialmente, encontrando um terceiro poema. Ou seja, Poesia Transversa se revela um autêntico “três em um”.

Que o leitor fique à vontade para ler e deglutir essa nova estética poética da maneira que melhor lhe aprouver.