Um Certo Motoqueiro

Por Sydnei Gonçalves Santoro

Código del libro: 159478

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Diversos, Literatura Nacional

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Sinopsis

Quando a gente ouve ou presencia tantos fatos sociais cuja injustiça predomina, quando você vê pessoas sofrendo, que de algum modo poderiam ser ajudadas, e percebe que ninguém se importa... O que fazer? Ficar à margem dos acontecimentos? Apenas lamentar abanando a cabeça?

Características

Número de páginas 657
Edición 1 (2014)
Formato A5 (148x210)
Acabado Folleto
Coloración Blanco y negro
Tipo de papel Offset 80g
Idioma Portugués

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Habla con el autor

Sydnei Gonçalves Santoro

Meu nome é Sydnei Gonçalves Santoro, nasci na pequena cidade de Quintana SP, a 42 km de Marilia em 07/08/1938, e fui registrado com uma semana de vida pelo meu tio Antônio. Com 3 anos de meu pai mudou-se para a cidade de Londrina, Paraná. Com 7 anos entrei na escola. Fiz o primeiro ano no Instituto Mãe de Deus, um colégio de freiras alemãs. Meu pai por ter o diploma de farmacêutico apenas registrado em estado de São Paulo, teve que mudar de lá para o estado de origem. E lá fomos nos aventurar numa pequena cidade perto de Presidente Prudente.

Chegamos nesta cidadezinha cujo nome era Nova América. Distrito da cidade de Pirapozinho permaneceu assim durante muitos anos. Meu pai, que era farmacêutico e logo procurou comprar a única farmácia que havia naquele local. Pertencia ao senhor Jaime, que andava muito insatisfeito com o movimento de seu comercio. Ele não era formado e por isso o povo da região corria para a cidade de Pirapozinho onde já havia médico e lá aviavam suas receitas na Farmácia local. Saímos da bela cidade de Londrina no Paraná em novembro 1946. Por ainda meu pai não ter negociado com seu Jaime, ficamos numa casa bem simples, até que eles fechassem o negócio. Eu tinha na época somente oito anos de idade, minha irmã a Neusa com onze e a Rosa Maria com um ano apenas. E assim ficamos um ano para que meu pai comprasse a farmácia do seu Jaime. Fechado o negocio mudamos para lá. Tudo correu muito bem nos anos que se seguiram.

Entrei na escola e fiz o primeiro e segundo anos cujo nome era Escola Rural de Nova América. Construíram o Grupo Escolar com oito classes e assim fiz o terceiro e quarto anos no grupo. Depois disso parei de estudar. No quarto ano minha professora que também era professora de violino me ensinou durante um ano intensivo e foi só isso. Não havia ginásio e por isso mesmo não havia nem curso de admissão. Perdi muito tempo e por isso mesmo fui me desanimando. Fiquei três anos parado só curtindo a natureza desta cidade, até que surgiu uma rara oportunidade de eu ir estudar. Aí eu conheci um rapaz com o nome de Ariaci, cujo apelido dele era Arizinho que me convidou para estudar em Presidente Prudente. Eu disse a ele para falar com meu pai, mas ele não foi. Quem foi falar com meu pai foi o pai dele, mesmo assim meu pai se recusou. Inventou um monte de fatores só para eu não ir com eles. Quando eu fiquei sabendo, que meu pai havia recusado fiquei totalmente deprimido, pois essa era a única chance de eu voltar a estudar. Aí eu entrei num estado de depressão profunda e comecei a chorar... Foi então que meu pai me viu naquele meu lastimoso estado e acabou cedendo e me deixou estudar. Eu tinha em primeiro lugar fazer o curso de admissão ao ginásio. Comecei a viajar todos os dias para Presidente Prudente que a distância de Tarabay é mais ou menos trinta quilômetros em terra de chão arenoso, e em alguns trechos terra avermelhada que quando chovia nenhum carro conseguia passar e às vezes até com corrente nos pneus eles não passavam. Por isso, eu tinha hora pra sair de casa e não tinha hora para voltar, principalmente quando chovia.

Durante dois meses estudei e consegui entrar no Colégio São Paulo para começar na primeira série ginasial, depois passei para a segunda série e repeti duas vezes na terceira serie. Com dificuldade de entender direito as matérias eu acabei relaxando o meu estudo. Confesso fui relapso, descuidado e sem motivação. Mas, mesmo assim passei para a quarta série já estudando no Instituo de Educação Fernando Costa. Repeti de novo, por causa do maldito latim. Aí surgiu o Ginásio em Pirapozinho e terminei lá a minha quarta série. Voltei a Prudente para estudar o colegial. Repeti o primeiro e o segundo ano e acabei desistindo de estudar. Aí me casei, constituí família. Mudei-me para São Paulo Tenho seis filhos, treze netos e três bisnetos. Já tenho 48 anos de casado e agora moro em Sorocaba.

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1 comentarios
Pablo Alexander
jueves | 27.02.2014 às 16h02
Esse livro mostra a convivência de uma típica família brasileira, mostra muitos aspectos da nossa culttura, vale a pena ler.