Abrir as portas de Pequim

As aventuras da primeira missão de jesuítas à cidade de Pequim foram registradas por Diego de Pantoja na obra: Relação da entrada de alguns padres da Companhia de Jesus na China, e particulares sucessos que tiveram, e das coisas notáveis que virão no mesmo Reino, na Espanha, publicada na cidade de Sevilha, em 1605. O texto foi dirigido a Teresa de Zuñiga, Duquesa de Arcos. Diego de Pantoja fez esta deferência à nobre senhora pelas mercês e benefícios à Província de Andaluzia da Companhia de Jesus. Para ele, esse registro era importante por referir a atuação dos missionários na China, digna de ser conhecida e estimada e também pelas muitas esperanças que nos dão da inteira conversão daquele grande reino. A carta, que consta da relação, era dirigida ao Pe. Luiz de Guzmán, Provincial da Província de Toledo. Foi redigida em Pequim, na corte do Rei da China, a nove de março de mil e seiscentos e dois anos.

O conjunto da obra de Diego de Pantoja é de grande valor histórico e literário, pois fornece uma imagem realista da China no alvorecer do século XVII, com riqueza de detalhes e uma série de informações importantes sobre a primeira entrada de jesuítas na cidade de Pequim.