Espírito humano, repleto de singelas dúvidas, repleto de desconfianças e desconfortos mentais, dos quais nos levam a proceder em erradas ações da vida... Neste livro, ponho meus poemas (alguns foram os primeiros que fiz, outros são bem recentes) para que haja a singela reflexão dos leitores, não só a respeito da vida, mas também da morte. A re-flexão é sempre a mais importante arma de um coração aflito — que ora ou outra busca simples respostas para suas consecutivas e duvidosas perguntas, em breves palavras de uma prática e confortável poesia. Mas isso nem sempre é a melhor saída para a resolução de um problema, às vezes, ele só precisa ser bem refletido — para que a prática conclusão surja à mente de maneira mais rápida que o próprio surgiu.
Sobre o amor, verdadeira base da qual nós, fracos corações necessitamos viver, mas que às vezes aparenta não ser tão importante assim, colocam-se dubitáveis indagações, que mesmo que tentemos decifrá-las, utilizando a nosso favor a capacitada e indispensável “força do pensamento”, sempre acabamos intrigados com as mesmas indagações postas anteriormente, afinal: Por que amamos? De onde surge esse sentimento tão bom, mas simultaneamente tão doloroso — capaz até de levarmo-nos a morte quando compreendido de maneira incapacitada? Até onde pode chegar um espírito apaixonado por ideias e reflexões? O amor sempre será o mesmo? Depende de sua base, ou até mesmo de seus caminhos que ou já seguiu, ou ainda irá seguir. São inúmeras as breves indagações que escondem-se entre os monótonos anseios sentidos pelo espírito. Este às vezes ao menos nota tal sensação — talvez de maneira que todas as respostas para as enfadonhas perguntas, não estejam subtendidas como deve-riam estar — completamente sepultadas em pobres almas tristes, que volta e meia já desconfiam da principal base da vida: O amor em si, é a mais importante delas. Mas que em tristes almas, que tanto foram dilaceradas pelo próprio, já não apresentam essa mesma conclusão... Talvez porque seja difícil o entendimento nesse tão complicado assunto, ou simplesmente não o considere, como uma indispensável parte de si próprio. Trata-se este de um sentimento inescrutável, pois por mais que se procure o verdadeiro valor de seu significado, sempre se dá término em semelhantes e indescritíveis indagações literalmente mais dubitáveis em relação às anteriores. A explicação para tal perquirição se põe totalmente direcionada ao conceito dos melancólicos corações apaixonados, que amam sem entender o porquê, que sofrem sem saber o que leva ao sofrer... Por isso somos todos sofredores — o espírito humano em si é um amante do amor — pois a partir da capacidade de amar presente em cada coração (triste ou correspondido), residente em cada apaixonado corpo, já nos tornamos assumidos sofredores — pois o espírito que não ama, já não pode ser considerado como um espírito, mas sim como algo vazio inexistente e sem qualquer plano espiritual para continuar a existir.
O conceito da poesia, esconde-se nos mais inóspitos cantos de nossas pobres mentes, inclusive esta se põe naturalmente direcionada ao amor que a própria tanto argumenta ... Entretanto, não demonstrando qualquer expressão de “acordo” entre ele. A cada segundo ameno, tornam-se mais fastigiosas em meio a pensamentos duvidosos de nossa confusa consciência ... Cada poesia quieta dentre os pensamentos, sobrevoava sobre nossos imundos corações — ainda intactos, sofrendo àquela doce e venerada paixão. Que sentíamos e ainda sentimos sem naturalmente entender o porquê, apenas sentindo sem nada poder descrever...
Um poema não é um conjunto de palavras, escritas sem vontade, mas sim a resolução de alguns conceitos — ainda não explicados — que tentam de alguma forma, deduzir e enunciar as embatucadas palavras, que não podem ser ditas através da escrita, mas sim através de uma dádiva dada por Deus, chamada de poesia... Até porque não há nada melhor do que refletir... Na vida e em suas diretrizes, para sabermos realmente onde sonega essa então inescrutável poesia. Entretanto, onde literalmente sonega a verdadeira poesia? Esta, poderá colocar-se guardada e silenciosa dentre inúmeras concepções — como um volumoso bloco de papéis, guardado numa pequena caixa, dentre uma das inúmeras prateleiras residentes em nossas perspectivas. A poesia é uma dádiva, que se coloca ansiosa em meio à inúmeras virtudes, à espera de ser vivenciada. Por nossos carentes espíritos, que tanto carecem ser entendidos pelo insensível mundo em que residem.
Número de páginas | 217 |
Edición | 1 (2016) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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