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191125
Está cada vez mais difícil
Não sei se sou eu
Ou lugar que estou
Até as fugas
Estão perdidas
Entretenimento
Virou performance
Nem para ser
Um convite
A refletir
E…
Refletir o que afinal?
A dança dos espelhos
Sem rumo
Um olhando
Para o outro
Para ter certeza
Que é apenas reflexo
Meus movimentos
São previsíveis
Meu retrocesso
Fadado ao sucesso
De ser replicado
Poetas são apenas
Atores pornográficos
De suas próprias línguas?
Um deleite agradável
De alto custo psicológico
Meteção de palavras
Sexo de sílabas
Masturbação solitária
Na falta de sentido
Tenta ver beleza
Onde só há
Selvageria gravada
Estímulo animalescos
Confesso…
Sou viciado em prazer
Às vezes até minhas dores
Foram um sadomasoquismo
Esquisito o suficiente
Para sentir algo sequer
Me visto de nudes
Para esconder um segredo
Tão obscuro quanto o sol
Que não conhece a luz
E flerta com a escuridão
Minha podridão
É tão bela quanto o ódio
Que mesmo sendo temível
Ainda é uma emoção
Ou uma reação
E quem está vivo
Quer reação
Só não espera
Que será em cadeia
Condenado a repetir
O caminho das veias
Dilatando para o sangue
Ser bombeado pelo coração
Até explodir a cabeça
Para explicar a devastação
Evoluímos para que?
A natureza não se importa
Os organismos se movimentam
Alguns duram mais
Outros menos
Eu sou mais ou menos
Ou mais e menos
Conduzindo átomos
Pelo preço de quem
Quiser chamar de seu
Escrevo até morrer
E pelo visto…
Ainda estou vivo
(...)
| Número de páginas | 7 |
| Edición | 0 (2025) |
| Idioma | Portugués |
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