
Primeiro movimento: A Técnica como Jaula Dourada Ontológica. O agenciamento final. Não ferramenta, mas ambiente vital, processo de homem-natureza que nos constitui e dessubjetiva. Técnica como linguagem primeira formatando o pensável, matriz geradora de novas subjetivações, poder impessoal moldando vida/morte em escala planetária. A "Jaula Dourada": prisão brilhante, sedutora, onde o próprio ar que pensamos é tecnicidade em devir.
Segundo movimento: A Linguagem-Devir. Aqui, o Verbo escapa ao cadastro gramatical, desterritorializa-se no "20 de novembro de 1923". Palavras tornam-se atores-rizomáticos: não significam, fazem. Sons, gestos, intensidades fundem-se num corpo sonoro coletivo. Signos explodem em palavras-de-ordem que não comunicam – capturam, demarcam, comandam. A língua majoritária racha, expondo sua língua menor subterrânea, um turbilhão de afectos e perceptos furando a epiderme do Sujeito.
Terceiro movimento: A Massa-Devir-Técnico. Canetti atravessado por raios-X tecno-políticos. A pulsão elementar da massa não mais se descarga em catarse orgânica, mas em algoritmos de viralidade, em fluxos serializados de corpos monitorados. O medo da morte, núcleo canettiano, é capturado, amplificado, instrumentalizado pela arquitetura técnica. A igualdade na multidão? Não dissolução no informe, mas padronização por software, submissão a protocolos que esmagam singularidades tão eficientemente quanto tanques.
Número de páginas | 298 |
Edición | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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