Batalha de Carrhae, 6 de maio de 53 a.C.

O Senado de Roma não planejava nenhuma guerra contra a Pártia, argumentando que os Partos estavam protegidos por tratados de paz validados por Roma e, assim, seria configurada uma traição qualquer ataque romano. Mas, implacável ou insaciável, Crassus cruzou o rio Eufrates e ofereceu batalha a um exército parto na região de Carrhae. Cassius, um dos assessores, sugeriu que a infantaria entrasse em linha de batalha, dividindo a cavalaria pelos flancos. O exército manobrava para atender a esse dispositivo quando Crassus contraordenou: que as legiões, com suas coortes, formassem um enorme quadrado apoiado pela cavalaria e infantaria leves. Entendemos que o grande erro de Crassus não foi a escolha da ordem de batalha mas a inconsistência na sua execução. Se houvesse adotado a linha preconizada por Cassius talvez tivesse sido derrotado mais cedo, pois ou os catafratas teriam dividido o exército golpeando no centro ou os arqueiros teriam girado em torno da extensa linha, desorganizando-a e isolando partes.