Estranhas Árvores do Sul

Numa pequena comunidade chamada Money, do condado de Leflore, Mississippi, EUA, um crime brutal aconteceu em 1955. A vítima foi Emmett Till, um menino de 14 anos, negro, que morava em Chicago e tava de passeio ali. Naquele pequeno lugar, a segregação racial promoveu uma das mais assustadoras marcas de violência contra o pobre garoto negro. Seus assassinos foram absolvidos pelo júri composto integralmente por brancos. É neste cenário de segregação racial regido pelas leis racistas conhecidas como Jim Crow que esta intrigante história acontece.

Num momento em que defender o povo negro era visto de forma tão reprovável quanto um crime, John, um rapaz branco e outras pessoas como ele, resolvem contrapor aquela cultura de violência e desumanização.

Toda história começa no ano de 1960, cinco anos após o assassinato violento do menino Emmett Till, fato que desencadeia vários conflitos nas vidas dos Hoollinger, uma família muito conhecida na localidade. Roy Hoollinger, o chefe da família, trabalha pro fazendeiro Osborn Millam, um sujeito muito ambicioso e racista de Money.

Roy recebe a tarefa de expulsar uma família de negros do rancho Conway, localidade ganhada de um falecido fazendeiro e muito fértil pro plantio de algodão e milho. Após matar o homem negro que morava no local, Roy sequestra a mulher, Emma Harrisson, e a leva consigo no intento de capturar seu filho menor que não conseguiram encontrar no dia.

Após levar Emma Harrisson como prisioneira pra sua propriedade, a família Hoollinger passa a enfrentar muitos conflitos. Um deles é gerado pelo sentimento que John, filho de Roy, passa a nutrir por Emma.

É neste cenário dos anos 60, do século XX, época em que fervilhavam as manifestações e protestos pelos direitos civis do povo negro nos EUA, que esta história mesclada de ficção e realidade se passa. São tantos os conflitos existentes que a história se mostra como uma obra importante para compreensão do cenário político e social da época.