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“DE ONDE VINDES?”
A pergunta que o homem tem feito a si próprio desde tempos imemoriais. O momento preciso em que o homem, pela primeira vez, assim questionou a si mesmo está perdido nas areias do tempo. É melhor que assim seja. Em primeiro lugar, para que nenhum homem reivindique qualquer primazia sobre a inerente liberdade do ser humano de relacionar-se com sua própria consciência, que a ele é conferida unicamente pelo Ser Supremo. Em segundo lugar, porque mais importante do que estabelecer quem teria sido o primeiro homem a se questionar e a se tornar autoconsciente, é saber que o Ser Supremo conferiu a cada homem a liberdade de prescrutar sua própria consciência, e dela tornar-se soberano. Somente a ele, o homem, cabe escolher: se trilhará o caminho desta busca, tornando-se assim verdadeiramente livre e senhor de sua consciência; ou se dessa trilha se afastará, negligenciando a liberdade que possui e, então, transformando-se em escravo de suas próprias paixões.
Mas somado a um sentido esotérico, cujo estudo será reservado para outro momento, há também um aspecto histórico intrínseco à questão. A resposta para a pergunta “DE ONDE VINDES?” é familiar ao livre pensador Iniciado. Ele sabe de onde vem, pois lá foi Iniciado. Mas ele conhece a história da origem deste esplêndido local e a origem dos ritos Iniciáticos que pratica? Há, no geral, certos obstáculos ao estudo da origem histórica da Maçonaria.
Assim, no capítulo I trataremos da origem histórico-esotérica, que relaciona a origem da Maçonaria aos elementos esotéricos presente nas Escolas de Mistérios da Antiguidade. Embora muitos defendam que o legado as Escolas de Mistérios tenha sido garantido, de alguma forma, de maneira direta até a Maçonaria, outros alegam que este legado é, na verdade, indireto.
Neste segundo sentido, a origem da Maçonaria atribuída no sentido esotérico não seria derivada de uma linha contínua direta que possa ser rastreável da antiguidade até a atualidade, mas sim derivada de um legado compartilhado de origem e de conhecimento esotérico Iniciático destinado à transcendência alegórica da matéria, que hoje é praticada pela Maçonaria tal qual faziam os antigos, ao seu modo, em tempos imemoriais.
O compartilhamento destas práticas derivaria, segundo este entendimento, de uma necessidade inata que acompanha o homem desde a antiguidade até os dias de hoje. Essa necessidade é conhecer onde está, de onde veio e para onde vai e, enfim, de conhecer a si mesmo e à fagulha divina que em si habita, transmutando sua natureza inferior e material em uma natureza superior e divina.
Mas para compreender essa relação da origem esotérica da Maçonaria parece, então, aconselhável que o ponto de partida seja o estudo das próprias Escolas de Mistérios da antiguidade, que, de fato, tinham o mesmo objetivo: o autoconhecimento a partir da centelha divina latente em cada ser. Assim, poderemos constatar que a Maçonaria, em sentido esotérico, compartilha de muitas práticas que os antigos empregavam nessas Escolas de Mistérios.
No capítulo II é introduzida a origem histórico-documental da Maçonaria. Diz-se histórico-documental, porque relaciona a origem da Maçonaria aos vestígios (escritos ou monumentos) legados pelos construtores da Antiguidade e Idade Média: os hebreus, celtas, egípcios, Collegia romanos e Guildas de Construtores, entre outros. Os documentos (escritos ou monumentos) referidos representam os primeiros registros da Maçonaria Operativa, que se encontrava organizada ao menos desde do final da antiguidade, e que se desenvolveu durante a própria Idade Média.
Desde tempos imemoriais, o homem-construtor tem buscado se reunir a seus semelhantes, tendo como um dos objetivos empreender construções físicas que os ajudassem a compreender o mundo a sua volta, a elevar o espírito à divindade, e também, entre outros, para defesa ou abrigo.
Em uma fase de transição, a Maçonaria Operativa passaria a Iniciar desde integrantes da nobreza até comerciantes. Ao final deste processo de transição, ela estaria pronta para começar sua transformação em Maçonaria Especulativa, que resultaria na fundação de Grande Loja de Londres. Mas os temas da “Era da Transição”, como menciona Alec Mellor, e da fundação da Grande Loja de Londres no ano de 1717 d.C., serão verificados a partir da perspectiva da orgiem histórico-institucional, no capítulo III.
Neste sentido, o contexto histórico antecedente, e que culminou em Lojas Especulativas unindo-se para fundar a Grande Loja de Londres, é bastante amplo. Isto porque foram muitos aspectos filosóficos e sociais que influenciaram na transição da Maçonaria Operativa para a Especulativa.
ISBN | 9786501284521 |
Número de páginas | 698 |
Edición | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Portugués |
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