Minha terra, minhas raíses

Alentejo

Por Vítor Pisco

Código del libro: 582311

Categorías

Poesía, Biografía y autobiografía, Arte

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Sinopsis

A obra fala do Alentejo terra onde nasci e onde resido. O Alentejo é a maior região do sul de Portugal, e é dessa relação com a terra e com as gentes que nasce a inspiração para escrever as minhas poesias, a relação com o campo, o cheiro da terra, dos regatos, a relação das pessoas com a natureza, as profissões autotunes e seculares.

Características

Número de páginas 21
Edición 1 (2023)
Formato A5 (148x210)
Acabado Espiral
Tipo de papel Ahuesado 80g
Idioma Portugués

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Vítor Pisco

Escolhi um projecto que realce a região onde resido, dando a conhecer através de uma forma de expressão que é a poesia, toda uma vivência, história, tradições, trabalhos, etnografia e cultura de um povo que é o povo Alentejano. Realço ainda que participei alguns anos no grupo de poetas populares do Concelho do Alandroal, onde aqui prima pela singularidade e beleza de uma tradição que tem a ver com o canto das décimas*, zona também considerada de transição entre os cantes do baixo Alentejo e as saias do Alto Alentejo, tendo a sua expressão mais significativa em terras como Estremoz e Redondo. Facto curioso é que segundo o P. António Marvão a salmodia do canto alentejano teve a sua origem ou a sua adaptação na Vila de Serpa no século XV, quando para ali vieram os frades da serra de Ossa, ali fundaram «escolas de canto popular».

Muitos foram os escritores, artistas, musicólogos e historiadores que estudaram e escreveram sobre o canto popular alentejano, de entre eles destaco o mestre Lopes Graça, P. António Marvão e Michel Giacometti. A origem discute-se entre a árabe, italiana, eslava, berbere, tese litúrgica, onde se encontram vestígios do Fabordão, polifonia arcaica dos séculos XV E XVI. Como já referi discute-se ainda a relação mais ou menos relevante com o canto actual, também ele sofrendo alterações ao longo dos anos. Este saiu do recalcamento do canto polifónico com o Fabordão, e assim foi transformado nesta polifonia rudimentar que hoje conhecemos, tendo tanto um sabor religioso como profano. O canto genuíno alentejano terá vindo de Serpa e assim passado às outras terras, no entanto é em Serpa, Pias e Castro Verde que se mantêm os traços mais genuínos. Ao realçar o canto alentejano pretendo também ficar toda a tradição de um povo, que nos dias de hoje se pode oferecer como uma cultura de excelência a nível mundial sendo uma mais valia para a valorização da nossa cultura usos e costumes, e poder assim também a através deste projecto transmitir estes conhecimentos as gerações mais novas. Algumas de minhas poesias são também uma fusão entre a poesia e a musica alentejana daí esta nota introdutória.

Nasci em Santiago Maior em 1972, Alentejo e o gosto pela poesia nasceu de conhecer alguns dos poemas de meus avôs que eram dois poetas populares da região de Santiago Maior, concelho do Alandroal. Através dai nasce a curiosidade já na adolescência de começar a escrever décimas populares.

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