Meu objetivo com este livro sobre “mistério, mistagogia e mística na liturgia” e como subtítulo: “A vivencia da experiência mística e mistagógica nos exercícios espirituais de santo Inácio de Loyola”, considerando que mistério de Deus é o acontecimento-Cristo que comporta sua ação salvífica, manifestada e realizada na plenitude dos tempos (Cl 1,26-27). É o anúncio profético da sua salvação (1Tm 3,16; 1Cor 2,7). (...) o mistério escondido desde os séculos e desde as gerações, mas agora manifestado aos seus santos. Sabemos que “sacramento” – em seu sentido cristão mais amplo e antigo – se refere à revelação do “mistério” eterno e oculto em Deus. Em grego, “mysterion” está ligado originariamente ao culto; indica o fechamento dos olhos ou da boca diante da experiência que não se pode formular em palavras. Mistério é, portanto, a única palavra que podemos articular para falar da realidade divina e invisível. Juntas, estas duas palavras, “mistério e sacramento”, se referem à dupla dimensão “escondida e revelada” do plano de Deus para a humanidade. Como isso é possível? “Os sacramentos revelam os mistérios espirituais por meio de sinais visíveis, com os quais os cristãos podem experimentar a presença de Deus” (YOUCAT, p. 104). “Pois, sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais por meio de sinais e de símbolos materiais. Como ser social, o homem tem necessidade de sinais e de símbolos para comunicar-se com o seu semelhante através da linguagem, dos gestos e de ações. Vale o mesmo para sua relação com Deus. Deus fala ao homem através da criação visível. O cosmos material apresenta-se à inteligência do homem para que leia nele os traços do seu Criador. A luz e a noite, o vento e o fogo, a água e a terra, a árvore e os frutos, tudo fala de Deus e simboliza, ao mesmo tempo, a sua grandeza e a sua proximidade. Enquanto criaturas, essas realidades sensíveis podem tornar-se o lugar de expressão da ação de Deus que santifica os homens e da ação dos homens que prestam a Deus o seu culto. O mesmo acontece com os sinais e símbolos da vida social dos homens: lavar e ungir, partir o pão e beber do mesmo copo podem exprimir a presença santificante de Deus e a gratidão do homem para com o seu CriadorNos primeiros tempos da Igreja, a mistagogia era considerada um tempo forte e determinante para o conhecimento e para a adesão à fé. Em sua concepção de iniciação religiosa, os Padres da Igreja indicavam essa trajetória como um caminho de introdução, abertura e diálogo com o Mistério, um caminho vital e de integração do ser humano em suas muitas dimensões. A mistagogia era compreendida como o fundamento e o caminho desse processo de iniciação religiosa. Ela era o grande referencial que inspirava e iluminava esse processo determinando a iniciativa, a centralidade e a meta do processo na dinâmica da revelação entre Deus e a humanidade. Procuramos utilizar como metodologia a espiritualidade Inaciana, contemplativa na ação, segundo o livro dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola PARA REALIZAR A EXPERIÊNCIA DE ENCONTRO PESSOAL COM JESUS, NO EXERCÍCIO ESPIRITUAL DO DIA-A-DIA O autor saluar antonio magni é leigo da Igreja Católica, formado em administração, economia e possui curso superior de religião pela Arquidiocese de Aparecida. Atualmente é oficial reformado da Aeronáutica. Além de do ministério da Palavra é coordenador Arquidiocesano da Liturgia da Arquidiocese de Aparecida e orientador e acompanhante dos exercícios espirituais de santo Inácio de Loyola..
Número de páginas | 366 |
Edición | 1 (2023) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Espiral |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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