No final da década de 1990, as conferências do COMAMP (Conselho Municipal das Associações de Moradores de Paraty) mobilizavam, não só moradores da zona rural, costeira e urbana, como também representantes dos demais setores produtivos e administrativos locais, instituições governamentais, e até universidades. Um processo que foi construído de forma gradativa e, desde sempre, sem nenhum recurso material mas, principalmente, com um enorme recurso humano envolvido.
Na época eu era repórter da ECO TV e fui testemunha da luta desta gente que buscava por alternativas para permanecer vivendo da terra e resistir à sedutora opção de se mudar para a cidade. As reivindicações eram básicas: questão fundiária, saúde, educação e transporte. O movimento surgiu e estabeleceu diálogos proveitosos com os administradores e com os capacitadores de práticas agroflorestais, e muito se fez para reduzir os aspectos negativos do turismo e da exclusão social desta população localizada no entorno de unidades de conservação, rendida nas mãos das autoridades - e de severa legislação - ambientais. Alguns, fortes, permanecem até hoje.
Lia Capovilla
Número de páginas | 82 |
Edición | 1 (2013) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Colorido |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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