Sou esse desmoronamento contínuo de barrancos.
Eu não sei lidar com a indiferença, a frieza, o abismo que as vezes as pessoas costumam criar entre nós e elas.
Eu não sei criar asas e sobrevoar obstáculos quando alguém me empurra rumo ao fundo do penhasco.
Eu não sei aceitar que nem sempre as pessoas não serão recíprocas, tampouco sei aceitar que eu posso sim ser incrível para alguém, porque a minha intuição vive em um entrelaço contínuo com a minha mente e o coração, dizendo que eu sou um lixo facilmente substituível.
Eu não sei esconder o que eu sinto, nem mesmo quando algo me incomoda.
Não sei esconder meu ciumes idiota, tanto quanto não sei deixar de ser esse cara bobo e brincalhão.
Não sei não deixar transparecer, ou deixar de ser inefável.
Sou complicado.
Por fora sorrisos e por dentro, caos.
Não sou um enigma, difícil de desvendar.
Não me abro fácil, pois não curto desabafos.
Carrego comigo a incerteza entre o talvez e o sei la. A exaustão, de um corpo que deseja abraços, e só recebe murro e tapa nas costas.
Sou esse caos, entre uma cidade que pega fogo, e o próprio povo que coloca o fogo.
Sou o aparelho 110w ligado no 220w.
Sou o silencio entre o eu te amo e a saudade.
Sou esse medo que insiste em me chamar para passear.
Sou isso que vocês veem pelo superficial, e um pouco mais alem do que ninguém pode sequer imaginar que sou.
Vivo em solitude buscando resiliência.
Sou grato a tudo que já me aconteceu, pois me tornou forte.
E sou ainda mais grato por quem me conhece sendo caos, e ainda assim, escolhe por ficar.
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