NECESSÁRIAS PALAVRAS MINHAS
Dia 1º de janeiro de 2007.
Nessa data, e por motivos que tanto podem ser fortuitos quanto podem ser “dirigidos”, tomei em minhas mãos um livro empoeirado já pelo longo tempo que o tenho em minha estante, mas que só hoje nele reparei, peguei e comecei a folhear, lendo aleatoriamente alguns trechos que me chamaram a atenção.
Trata-se de um livro escrito psicograficamente e que reproduz uma coleção de cartas atribuídas a entidades espirituais diversas, cartas essas que são apresentadas pela ordem cronológica da sua obtenção.
Nessas leituras encontrei explicações do médium e orientações dos autores espirituais que se encaixaram de forma muito proveitosa para dar-me o alento e as diretrizes que há tempos venho buscando para alicerçar a divulgação de um trabalho semelhante que venho realizando.
Embora de forma diferente com que atuava o médium desse livro (mecanicamente, correndo a pena livre e lestamente sobre o papel, decidida, sem o menor entrave e sem o menor auxílio intelectual consciente . . . como se fosse mero e passivo instrumento duma intelectualidade e volição alheias) comigo, estando eu sempre consciente, ocorre a idéia (esta sempre fora das minhas cogitações, muitas vezes além da minha capacidade intelectual, inusitada e revolucionária), a qual cabe-me captar, entender e expressar graficamente (“os conceitos são nossos, mas a linguagem tem que ser sua”, diz um dos textos).
Verifiquei que, assim como o fazia o médium em questão, também eu registro as datas em que as mensagens acontecem, o que me serve para que, em princípio, eu também as apresente na ordem cronológica da ocorrência).
Muitos são os textos recebidos os quais alguns, embora deles eu guarde registro, não estão sendo divulgados neste livro, porquanto serviram apenas como treinamento inicial e outros cujos conteúdos considero que não se referem a revelações propriamente ditas.
Os textos apresentados nesta coleção são de autores espirituais diversos que, contudo, não os assinam nem mesmo sob pseudônimo, mas que, já pelo assunto que é exposto, pela forma como o fazem e pelos ensinamentos que passam são comumente identificados.
De ordinário, o motivo de um trabalho literário costuma ser o interesse monetário ou o destaque do nome do seu autor, e às vezes as duas causas se acoplam.
No caso presente, nos escritos a serem apresentados nenhuma dessas motivações aparece, isto porque reconheço que os temas tratados têm suas origens fora da minha capacidade intelectual e, portanto, por eles excluo-me de qualquer direito, mérito ou responsabilidade.
Seria ingenuidade supor que os escritos decorrentes da minha mediunidade sejam plenamente aceitos. A falta de preparo da maioria para assimilar o novo, a novidade das narrativas insólitas, a idéia dominante sobre a impossibilidade de tão anormais e incompreensíveis fatos, a falta de credibilidade por se tratar de um médium inexpressivo como tal, tudo isso concorrerá para que as pessoas delas desacreditem.
Divulgar tais revelações é, sem dúvida, um lance temerário, a que os chamados prudentes (e eu me considero um!) rejeitariam.
Mas a prudência nem sempre se expressa como uma virtude; é preciso que haja também, e acima de tudo, a coragem moral e a coragem sincera da consciência que reconhece que a verdade, quanto mais profunda, mais obstáculos encontra nas mentes acomodadas à incapacidade reflexiva.
Será boa ou má a doutrina que nestes escritos se encerra?
Será autêntica e genuína a fonte donde parecem provir?
Digam o que disserem os conhecimentos e os ensinamentos atuais, é incontestável que alguma coisa de novo, de grande, de belo e de útil nestes textos se encontra.
Muito há aí a aprender, muito a ponderar, pela nova luz sobre os personagens e os fatos relatados. O fruto maduro já aí está; basta colhe-lo e aproveita-lo a tempo.
Dos que os lerem muitos poderão desprezar; outros poderão duvidar; poucos poderão aceitar. É quanto basta; a dúvida é gérmen profícuo e dela nascerão o exame e a reflexão, sem o que nenhuma convicção proveitosa se consegue.
De tudo isso, sou apenas o “escrevinhador” e por estar disso consciente, não declinarei o meu nome; o importante não é o nome do carteiro, mas o conteúdo da mensagem que ele traz.
(o médium)
Número de páginas | 369 |
Edición | 2 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
¿Tienes alguna queja sobre ese libro? Envía un correo electrónico a [email protected]
Haz el inicio de sesión deja tu comentario sobre el libro.