152º livro do autor das séries "OLYMPUS" (em 16 volumes com 300 poemas em cada), "EROTIQUE" (em 13 volumes com 50 poemas sensualmente líricos em cada) e "SOB O OLHAR DE UM POETA" (em 4 volumes com 150 poemas em cada).
PREFÁCIO:
É com imensa honra e profundo respeito que apresento "ATRAVÉS DOS ANOS", o 152º livro de poesia de Marcos Avelino Martins. Este volume é uma prova inigualável do talento do autor, que nos presenteia com uma obra que mergulha profundamente nas emoções humanas, explorando temas como amor, dor, paixão e a complexidade dos sentimentos, uma verdadeira celebração da vasta e prolífica carreira de um poeta que, ao longo de sua trajetória, nos brindou com mais de 5.000 poemas, distribuídos em séries icônicas como "OLYMPUS", "EROTIQUE" e "SOB O OLHAR DE UM POETA". Marcos Avelino Martins é um mestre das palavras, capaz de capturar a essência das emoções humanas e transformá-las em versos que ressoam profundamente em nossos corações, e continua a nos encantar com sua habilidade única de transformar emoções e experiências em versos profundos e tocantes. habilidade única de transformar emoções e experiências em rsosofundoocantes.
No poema que dá título ao livro, "ATRAVÉS DOS ANOS", o autor nos conduz por uma jornada de amor e companheirismo que transcende o tempo. Os versos "Através dos anos, inexoráveis, / Seguimos juntos, inseparáveis" evocam a imagem de um amor duradouro, que resiste às adversidades e se fortalece com o passar do tempo. A construção de uma "linda história, / Perpetuada em nossa memória" é um testemunho da beleza e da profundidade de um relacionamento que se enraíza na alma e floresce em cada lembrança compartilhada.
Em "NOITE CRUEL", o tom muda drasticamente, revelando a dor e a mágoa de uma perda irreparável. A noite, personificada como uma entidade cruel, é amaldiçoada por ter levado um amor que nunca mais retornou. Os versos "Amaldiçoei a noite, / E nunca mais a perdoei" expressam um ressentimento profundo, uma ferida que nunca cicatriza. Este poema é um retrato visceral do luto e da saudade, sentimentos que todos nós, em algum momento, somos forçados a enfrentar.
"ENCONTROS CASUAIS" explora a natureza efêmera e, às vezes, transformadora dos encontros fortuitos. O autor nos lembra que "Ocorrem na vida tantos encontros casuais, / Verdadeiras obras do acaso", e que alguns desses encontros podem mudar nossas vidas para sempre. A melancolia de um encontro que não se concretizou é palpável no verso "Mas nunca mais a encontrei, nunca mais...", evocando a sensação de oportunidades perdidas e o que poderia ter sido.
Em "MAGNETICAMENTE TEU", a força irresistível de um amor que prende e cativa é descrita com uma intensidade quase física. A metáfora da prisão magnética nos versos "Estou para sempre preso / A ti, magneticamente" ilustra a inescapável atração entre os amantes, um vínculo que, apesar de suas complicações, é aceito e até desejado. Este poema celebra a inevitabilidade do amor verdadeiro, que persiste apesar de todas as tentativas de fuga.
"MARCA" é um poema sobre as cicatrizes deixadas por amores passados, simbolizadas por uma camisa que nunca foi lavada. Os versos "Paixões intensas têm esse dom, / De deixar marcas difíceis de apagar" refletem a permanência das memórias e das emoções que moldam nossas vidas. A camisa com a marca de batom é um relicário de um momento inesquecível, um símbolo tangível de um amor que, embora tenha se dissipado, deixou uma impressão indelével.
No poema "ASSÉDIO", o autor captura a tensão e o fascínio de um olhar que perscruta e seduz. Os versos "Seu olhar me estuda, / Enquanto suavemente me fita" descrevem um momento de conexão intensa e silenciosa, onde os olhares se encontram e se entendem sem a necessidade de palavras. Este poema é uma ode ao poder do olhar, capaz de revelar e despertar sentimentos profundos.
"MUNDOS SEPARADOS" aborda a dolorosa realidade de amores impossíveis, separados por circunstâncias intransponíveis. Os versos "Vivemos em dois mundos separados, / Os nossos caminhos jamais se cruzam" expressam a frustração e a tristeza de almas que, apesar de sua conexão, nunca poderão estar juntas. Este poema é um lamento pela distância e pela desconexão, um reconhecimento de que nem todos os amores estão destinados a se realizar.
Em "TEMPESTADES NO OLHAR", o fim de um relacionamento é anunciado por um olhar carregado de tristeza. Os versos "Quando você me olhou, / Cheia de tempestades no olhar" capturam o momento em que a ilusão se desfaz e a realidade dolorosa se impõe. Este poema é uma reflexão sobre a inevitabilidade do fim e a necessidade de aceitar a perda.
"APENAS FANTASIA" explora a desilusão de um amor que nunca foi real. Os versos "Um dia, você disse que me amava, / Mas não era amor de verdade" revelam a dor de descobrir que o que se acreditava ser amor era apenas uma ilusão. Este poema é um lembrete de que nem todos os sentimentos são genuínos e que, às vezes, precisamos despertar de nossos sonhos para enfrentar a verdade.
"EM TROCA" celebra a reciprocidade do amor, onde cada gesto de carinho é retribuído com devoção e gratidão. Os versos "Em troca dos teus carinhos, / Eu te devolvo amor eterno" expressam a beleza de um relacionamento onde ambos os parceiros se dedicam mutuamente. Este poema é uma ode ao amor incondicional e à alegria de compartilhar a vida com alguém especial.
"DUAS ILHAS" é uma metáfora para a separação e a distância entre duas almas que, apesar de seu desejo, nunca conseguem se unir. Os versos "Nós dois somos ilhas distantes, / Separadas pelo mar" evocam a imagem de dois seres que se encontram brevemente, apenas para se afastarem novamente. Este poema é uma reflexão sobre a transitoriedade dos encontros e a impossibilidade de alguns amores.
"ENIGMA INDECIFRÁVEL" descreve a frustração de tentar entender alguém que permanece um mistério. Os versos "Você é um enigma / Que não consigo decifrar" expressam a dificuldade de compreender completamente o outro, mesmo em um relacionamento íntimo. Este poema é uma meditação sobre a complexidade das emoções humanas e a busca incessante por respostas.
Em “UMA SOMBRA DE MIM MESMO”, o autor nos convida a refletir sobre a perda da alegria e a transformação interna que ocorre quando enfrentamos nossas próprias batalhas emocionais. A imagem do espelho enfeitiçado e do espírito noturno simboliza a luta interna e a busca pela felicidade perdida. A poesia aqui se torna um meio de lidar com a dor e a saudade, uma tentativa de esquecer um amor que deixou marcas profundas.
"TEUS GRITOS" é um grito de desespero e afastamento emocional. O poema retrata a deterioração de um relacionamento onde os gritos e a falta de amor afastam os amantes. A metáfora das botas que pisam e arrastam para longe é poderosa, mostrando como a violência verbal pode destruir o vínculo entre duas pessoas. A decisão de sepultar o passado em uma "cova rasa" simboliza o desejo de esquecer e seguir em frente.
Em “INCOMPETENTE”, a descoberta da própria incompetência para esquecer um amor é o tema central deste poema. A entrega à devassidão e a adoção da poesia como disfarce revelam a luta interna do eu lírico para lidar com a perda. A catarse mencionada é um processo de aceitação e transformação, onde a poesia se torna uma válvula de escape e uma forma de expressão dos sentimentos mais profundos.
"GEOMETRIAS" celebra a união dos corpos e das almas através da poesia. As metáforas geométricas e musicais ilustram a harmonia e a paixão entre os amantes. A fusão das rimas e dos fluidos corporais simboliza a intimidade e a conexão profunda que transcende as diferenças físicas. O desejo de habitar as fantasias do outro e aquecer as noites frias é uma declaração de amor eterno e incondicional.
Em “ESTRANHA PRESENÇA”, o autor explora a presença perturbadora de um amor perdido que se manifesta em pesadelos. A imagem dos "seios imensos e disformes" e dos "cabelos" que caem sobre eles cria uma atmosfera de terror e tristeza. A busca vã pela presença amada ao amanhecer simboliza a dor da ausência e a impossibilidade de esquecer um amor que deixou cicatrizes profundas.
"LIBERTÁRIA" é uma ode ao poder transformador da poesia. A estrofe “Uma estrofe libertária / Fugiu de um poema / E com sua natureza incendiária / Revoltou-se contra o Sistema”, que se rebela contra o sistema e provoca uma revolução silenciosa ilustra como as palavras podem inspirar mudanças profundas na sociedade. A disseminação das palavras como um furacão e a transformação que elas provocam mostram a força da poesia como um agente de mudança e libertação.
A "POÉTICA OFICINA" é um espaço de criação e liberdade onde a imaginação do autor fervilha e dá origem a poemas apaixonados. A atividade desenfreada e a mistura de rimas e versos refletem a criatividade incessante do poeta. A poesia aqui é apresentada como uma forma de escapar das armadilhas do mundo exterior e de expressar o amor em todas as suas formas.
"FAZ-DE-CONTA" aborda a incompreensão e a falta de comunicação em um relacionamento. A metáfora do joguete e do falsete ilustra a insensatez e a falta de entendimento entre os amantes. A fábrica de versos do eu lírico é um espaço de criação e expressão, mas também de conflito e frustração. A expulsão do outro da fábrica de versos simboliza a necessidade de se libertar de um relacionamento tóxico.
Em “SEM FUNÇÃO NEM SAUDADE”, a realidade cruel e a perda da ingenuidade são os temas centrais deste poema. A transformação imposta pelo tempo e a voracidade com que ele nos muda são retratadas de forma aguda e dolorosa. A conjugação dos tempos do verbo chorar simboliza a aceitação da dor e da mudança como parte inevitável da vida.
"MINHA FERA" é uma declaração de amor e admiração. O eu lírico espera ser notado e domesticado pela pessoa amada, desejando habitar seu coração e protegê-la eternamente. A metáfora da fera que espera ser domesticada ilustra a intensidade dos sentimentos e o desejo de um amor duradouro e profundo.
A complexidade e a desconexão de um relacionamento em declínio são exploradas em “DESCONEXA”. A falta de carinho e a transformação em estranhos ilustram a tristeza e a desilusão do eu lírico. A metáfora da ampulheta que se esgota simboliza o fim iminente do relacionamento e a inevitabilidade da separação.
"AMORES SEM FIM" celebra a busca incessante por amores e recordações que nunca se perderam. A corrida pelo mundo e a tentativa de encontrar o que nunca foi perdido ilustram a busca eterna por memórias e canções que falam de amores duradouros. A poesia aqui é uma forma de manter vivos os sentimentos e as lembranças de amores que resistem ao tempo.
Em “TEUS DESLIZES”, o autor explora os deslizes e as confissões não ditas em um relacionamento. O perfume embriagador e as conversas sobre tempos felizes ilustram a nostalgia e o desejo de uma confissão de amor. A frustração do eu lírico com a falta de revelações e a contenção do outro mostram a dificuldade de expressar sentimentos profundos e a busca por um vínculo mais íntimo.
Este volume é mais uma prova do talento inigualável do auto
Marcos Avelino Martins nos leva a refletir sobre a efemeridade do amor e a inevitável transformação dos sentimentos. No poema "YAKISOBA", ele compara a degradação do amor ao processo de transformação de alimentos nobres em pratos comuns, como o filé mignon que vira muchiba e a picanha que se transforma em yakisoba. A solidão e a tristeza são descritas de forma visceral, mostrando como a alegria pode ser expurgada e substituída por uma melancolia persistente.
Em "AULA PRÁTICA", o poeta narra a descoberta de sua veia poética durante uma aula prática, onde abandona a mente matemática e o senso estético para se entregar ao lado poético. A confusão de palavras e a criação de versos sobre amores e paixões inexistentes revelam a luta interna do poeta para expressar sentimentos profundos e complexos.
O poema "SOB ESSA LUA IMENSA" é uma celebração do amor e da cumplicidade entre amantes. A descrição de uma caminhada noturna, de mãos dadas e trocando beijos apaixonados, sob a luz da lua, cria uma atmosfera de intimidade e conexão profunda. A despreocupação com o tempo e a entrega total ao momento são elementos que tornam este poema uma ode ao amor verdadeiro.
"MUITO TARDE" é um poema que aborda o arrependimento e a irreversibilidade das palavras ditas. O poeta descreve a dor de perceber que uma frase infeliz causou a perda de um grande amor. A imagem das lágrimas escorrendo pelo rosto da amada e a impossibilidade de voltar atrás são poderosas e evocam a tristeza de um amor desfeito.
Em "PODRES", Marcos Avelino Martins faz uma crítica contundente à classe política, destacando a corrupção e a falta de honradez. O poema denuncia a podridão moral dos políticos, independentemente de sua orientação ideológica, e expressa o nojo e o cansaço do poeta em relação à hipocrisia e à ganância que permeiam o cenário político.
"ROUBANDO A CENA" é um poema sobre a timidez e o desejo não correspondido. O poeta descreve a beleza de uma mulher que rouba a cena com seus olhos azuis e seus passos na pista de dança. A timidez do poeta o impede de se aproximar, mas ele eleva uma prece para que, por um milagre, ela o perceba e o acolha em seus braços.
No poema "A POESIA QUE ME HABITA", o autor celebra a inspiração poética que o acompanha. A poesia é descrita como uma força quase infinita que revela segredos e histórias ocultas, trazendo à tona sentimentos profundos e emoções intensas. A capacidade da poesia de expor as entranhas dos amantes e revelar histórias nunca antes contadas é um tema central neste poema.
"IRREMEDIAVELMENTE TEU" é uma declaração de amor incondicional. O poeta confessa que, mesmo em um mundo onde possui pouco, ele pertence inteiramente à pessoa amada. A presença constante da amada em seus pensamentos e a descrição detalhada de seus sentimentos revelam a profundidade do amor que ele sente.
"O MAIOR DE TODOS OS MEDOS" aborda os medos e receios do poeta, destacando o temor de perder o amor da pessoa amada. O poema lista diversos medos, mas enfatiza que o maior de todos é a perda do amor, um sentimento que ele teme acima de qualquer outra coisa.
"NUNCA" é um poema sobre a persistência do amor e a dificuldade de esquecer alguém especial. O poeta descreve um amanhecer após uma noite de amor, onde ele pede perdão por nunca ter conseguido expressar plenamente seus sentimentos. A lembrança da pessoa amada permanece viva, guardada na carteira, como um símbolo de um amor inesquecível.
Em "TODAS AS DOLORES", o poeta brinca com nomes próprios para criar um jogo de palavras que revela sentimentos e lembranças. A criatividade e o humor presentes neste poema mostram a habilidade de Marcos Avelino Martins em explorar diferentes formas de expressão poética.
"SOLUÇOS SEM SOLUÇÃO" é um poema que expressa a solidão e a tristeza do poeta. A imagem do sol se pondo e da lua estendendo seu manto sobre um mundo solitário e cheio de problemas sem solução é poderosa e evocativa. Os soluços cheios de solidão do poeta refletem a profundidade de sua melancolia.
“LUZ APAGADA” é um poema sobre a perda e a tristeza que se seguem ao abandono. O poeta descreve como a luz de seus olhos se apagou e a inspiração o deixou após ser abandonado. A tristeza persistente e a falta de sonhos refletem a dor profunda da perda.
"AMOR EM MEIO PERÍODO" aborda a dualidade de um relacionamento onde o amor é vivido intensamente à noite, mas negado durante o dia. O comportamento bifásico da amada e a necessidade de esconder a paixão são temas centrais neste poema, que revela a complexidade e a contradição dos sentimentos humanos.
"PROFUSÃO" celebra a abundância de inspiração poética do autor. O poema descreve como a mente do poeta se liberta e cria versos em profusão, trocando dores por canções e seguindo sempre em frente. A certeza de que a inspiração um dia cessará é um lembrete da transitoriedade da criatividade.
"JAMAIS ESQUECIDO" é um poema sobre uma paixão inesquecível. O poeta lembra de uma noite clara e de uma roupa amarela cheia de fendas que atiçava sua luxúria. A dificuldade de esquecer essa paixão e a persistência das lembranças são temas centrais neste poema.
"CORAÇÃO INSENSATO" aborda a tortura de um coração que se apaixona por alguém inalcançável. O poeta descreve a paixão fulminante por uma mulher que não o nota e que namora um magnata. A riqueza do poeta é apenas sonhar, e ele lamenta a insensatez de seu coração.
"VERÃO INESQUECÍVEL" é um poema sobre um amor de verão que se desfez com a chegada do outono. O poeta descreve a descoberta do amor e a intensidade das carícias trocadas, mas também a desilusão que veio com o fim da estação. A transitoriedade do amor e a influência das estações são temas centrais neste poema.
"TEMPESTADES" é um poema sobre o fim de um relacionamento. O poeta descreve o olhar cheio de maldades da amada e a decisão de partir sem olhar para trás. A tristeza e a lembrança dolorosa do relacionamento são temas centrais neste poema, que revela a dificuldade de superar um amor perdido.
No poema "SÚBITA TRANSFORMAÇÃO", Marcos nos leva a uma jornada de superação e resiliência. Ele descreve a capacidade humana de se reinventar após a dor e a perda. O trecho "Na noite em que você desapareceu, / Somente tirei um peso dos meus ombros / Depois, num instante, dei a volta por cima, / Outra vez, simplesmente segui adiante." captura a essência da transformação súbita que ocorre quando decidimos seguir em frente, mesmo diante das adversidades. A imagem de "virar a chave do clima" de um "longo inverno por um verão radiante" é uma metáfora poderosa para a renovação e a esperança.
Em "VAZIO INOMINÁVEL", o poeta explora a profundidade da solidão e do vazio existencial. Este poema é um mergulho nas sombras da alma, onde a escrita se torna um reflexo da tristeza e do desespero: "Esse vazio inominável / Que me habita, / Impalpável, / Afeta minha escrita, / Que se tornou tristonha, / Carregada de histórias finitas, / E de uma solidão medonha, / Contando histórias malditas,".
Marcos habilmente nos conduz por um labirinto de emoções sombrias, onde cada verso é carregado de uma melancolia palpável, refletindo a luta interna do poeta contra seus próprios demônios.
O poema "UMA FLOR" é uma triste reflexão sobre a passagem do tempo e a solidão. A figura da mulher comparada a uma flor que nunca foi colhida simboliza a beleza e a fragilidade da vida: "Ela era como uma flor / Jamais colhida, / Nunca teve um amor / Que perdurasse por toda a vida."
A narrativa de uma vida marcada pela ausência de amor duradouro e pela solidão culmina em uma imagem dolorosa de abandono e questionamento existencial, onde a protagonista se vê relegada a um abrigo, questionando seu destino.
Em "ANTIGOS OBJETOS", Marcos nos convida a refletir sobre o valor das memórias e dos objetos que carregamos ao longo da vida. O poema é uma meditação sobre o passado e o que escolhemos preservar: "Guardo alguns antigos objetos, / Que fizeram parte de velhas histórias, / Das quais não me lembro o final!"
Os objetos antigos se tornam símbolos de sonhos esquecidos e memórias perdidas, representando a luta entre o desejo de lembrar e a necessidade de seguir em frente.
"TODAS AS ILUSÕES" é um poema que fala sobre a perda de sonhos e esperanças. Marcos descreve a fragilidade das ilusões e a necessidade de recuperá-las para manter a sanidade e a felicidade: "Tinha anotadas todas as ilusões do mundo / Num antigo caderno, / Mas tudo mudou, em um segundo, / E as poucas que sobraram hoje cabem / No bolso do meu terno,".
A luta para recuperar as ilusões perdidas é uma metáfora para a busca incessante pela felicidade e pelo sentido da vida, mesmo após experiências dolorosas.
Por fim, "MAKING A MOVIE OF YOU" é um poema que mistura realidade e fantasia, onde o poeta cria um filme imaginário da pessoa amada a partir de seus sonhos: "I'm making a movie of you, / Extracting your movements from my dreams, / Where you’re always around, / Moving around me,".
Este poema, escrito em inglês, destaca a universalidade do amor e da saudade, mostrando que, independentemente da língua, as emoções humanas são profundamente conectadas.
"ATRAVÉS DOS ANOS" é uma obra que nos convida a explorar a complexidade das emoções humanas através da poesia. Cada poema é uma janela para a alma de Marcos Avelino Martins, revelando suas reflexões mais íntimas sobre a vida, o amor, a perda e a esperança. É um livro que certamente tocará o coração de todos os leitores, oferecendo consolo, inspiração e uma profunda conexão com a experiência humana.
Alguns trechos:
“Através dos anos, inexoráveis,
Seguimos juntos, inseparáveis,
Construindo uma linda história,
Perpetuada em nossa memória,
Repleta de tantos momentos lindos,
E de tantos sentimentos infindos,
Eternamente em nossos corações,
Cheios dessas ternas recordações..."
"Amaldiçoei a noite,
E nunca mais a perdoei,
Por causa do que ela me fez!
Tenho com ela
Irreconciliáveis diferenças,
E uma mágoas sem fim,
Pois há muito tempo,
Exorcizei de minhas preces
Essa noite cruel,
Que de mim te levou
E nunca mais devolveu..."
"Ocorrem na vida tantos encontros casuais,
Verdadeiras obras do acaso,
Olhares que se cruzam, em momentos banais,
Em algum amanhecer ou num triste ocaso...
Alguns desses encontros, dão frutos,
E depois deles, há outros, agora programados,
Que acabam em doces brincadeiras de adultos,
Em momentos nunca mais olvidados...
Outros, são apenas acidentais,
Somente esbarrões, entre desconhecidos,
Seguidos de olhares ocasionais,
Que logo em seguida são esquecidos..."
"Mas a verdade é que já me acostumei
A te ter sempre por perto,
E desde a primeira vez em que te beijei,
Sempre estás ao meu lado quando desperto,
Na primeira imagem que vejo ao acordar,
E nesses grilhões onde o tempo nos prendeu,
Confesso-me incapaz de escapar,
Para sempre, magneticamente teu..."
"Mas, com o tempo, depois de tantos êxtases e promessas,
Aos poucos aquele fogo foi se dissipando,
Como num tabuleiro de xadrez, cheio de peças,
O rei e a dama, foram devagar se afastando...
Mas mesmo assim, nunca mais lavei aquela camisa,
Lembrança daquela primeira vez, sempre lembrada,
E que minha memória sempre eterniza,
Na marca que você deixou, naquela noite encantada..."
"Devagar, de você me aproximo,
Nossos olhos mutuamente atracados,
Como se para tal momento tivéssemos nascido,
E nossos destinos se cruzassem naquele momento,
No prenúncio de um doce sentimento,
Que fizesse a vida fazer sentido,
Nossos olhares se descobrem encantados,
E então, meu soneto com os teus versos rimo!"
"Vivemos em dois mundos separados,
Os nossos caminhos jamais se cruzam,
Eternamente tão desconectados,
Nossos corpos sedentos não se usam,
Esses teus inesquecíveis vulcões
Jamais despejam lava em meus rios,
Fazem troça de minhas solidões,
Não atravessas meus caminhos sombrios..."
"Nunca mais sequer você me ligou,
Nem mesmo uma mensagem de texto,
Daquele jeito seu, ninguém me olhou,
Ou me convidou a sair, sob algum pretexto...
Tristeza em meus olhos é só o que há,
Meu triste violão jaz a um canto, mudo,
A única melodia que sei é que jamais voltará,
Você não me ama mais, e isto é tudo..."
"Um dia, você disse que me amava,
Mas não era amor de verdade,
Somente traços de fantasia,
E o tempo passou,
Voraz e inclemente,
Mas já era tarde demais
Para apagar o que dissera,
Pois eu acreditei naquilo,
E a você dediquei versos e trovas,
E entreguei o coração tão puro,
Apenas para descobrir um dia
Que não passou de ilusão,"
"Em troca de ressuscitar minhas ilusões,
Eu te devolvo minha gratidão eterna,
Além de versos que falam de paixões,
Que a Poesia através de meus dedos externa!
Em troca de teus sorrisos preciosos,
Eu te devolvo um amor incondicional,
Nossos corpos trocando fluidos caudalosos,
Ao teu lado sempre, até o momento final..."
"Nós dois somos ilhas distantes,
Separadas pelo mar,
Que só se viram por instantes,
Reunidas num mesmo lugar,
E depois se afastaram,
Cumprindo os seus destinos,
Corpos que jamais se amaram,
Nem mesmo em lugares clandestinos,
Por toda a vida separados,
Depois de, por meros minutos,
Nossos olhares, intimamente conectados,
Mostrarem desejos imensos, absolutos,
Mas esse frisson durou só por um momento,"
"Você é um enigma
Que não consigo decifrar,
Uma equação fora de sequência,
Que permanece como um estigma,
Sempre fora do lugar,
Uma doce balada de sofrência,
Que perdeu a única rima,
Repetitiva e indesvendável,
Eternamente a me desafiar,
Um longo poema sem clima,
E sem nenhum verso notável,
Com um refrão fora do lugar..."
"Esse ser estranho que me encara pelo espelho
Parece-me comigo, mas não sou eu!
Onde foi parar a alegria que me habitava,
Substituída por esse olhar vermelho,
Que da felicidade se esqueceu,
Enquanto comigo mesmo eu brigava?
Meu espelho parece estar enfeitiçado,
E algum espírito noturno
Parece que nele agora habita,
Pois ele esqueceu meus sorrisos no passado,
E deve ter buscado por esse mundo soturno
Essa expressão de tristeza infinita..."
"Na noite em que você desapareceu,
Somente tirei um peso dos meus ombros
Depois, num instante, dei a volta por cima,
Outra vez, simplesmente segui adiante.
Quando você de novo de mim se esqueceu,
Tudo que deixou para trás foram escombros,
Mas então de novo virei a chave do clima,
Um longo inverno por um verão radiante."
"Esse vazio inominável
Que me habita,
Impalpável,
Afeta minha escrita,
Que se tornou tristonha,
Carregada de histórias finitas,
E de uma solidão medonha,
Contando histórias malditas,
Repletas de horrores
Que provocam arrepios,
E enredos assustadores,
Cada vez mais sombrios,"
"Guardo alguns antigos objetos,
Que fizeram parte de velhas histórias,
Das quais não me lembro o final!
Alguns fizeram parte de esquecidos projetos,
Que se perderam em minhas memórias,
E que se converteram em algum sonho mau...
Não sei para que guardo essas quinquilharias,
Que servem apenas para ocupar espaço,
E não passam de lembranças descartadas,
Pedaços perdidos de memórias vadias,
Que não deixaram sequer algum traço
Entre minhas poucas lembranças sagradas..."
"Tinha anotadas todas as ilusões do mundo
Num antigo caderno,
Mas tudo mudou, em um segundo,
E as poucas que sobraram hoje cabem
No bolso do meu terno,
E antes que essas sobreviventes desabem,
Preciso recuperar minhas ilusões,
Antes que de todas elas eu me esqueça,
E depois não mais as recupere,
Como ocorreu com as antigas paixões,"
"I'm making a movie of you,
Extracting your movements from my dreams,
Where you’re always around,
Moving around me,
Kissing me with passion and madness,
Making my hours so beautiful and warm…
In every animated picture of you
I release a little bit of me,
Lots of love and tenderness,"
ISBN | 9798332053399 |
Número de páginas | 106 |
Edición | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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