Uma onda de crimes vinha tirando o sossego dos moradores da grande São Paulo. Misteriosamente pessoas eram encontradas assassinadas nas ruas a golpes de pedaços de madeira.
A população, aterrorizada, exigia das autoridades a captura dos assassinos.
O secretário de segurança do Estado, orientado por alguns influentes políticos, precisava apresentar nas próximas horas, alguém como sendo o autor ou participante da ação criminosa que vinha aterrorizando os moradores da grande metrópole, sob pena de ter o seu cargo ocupado por outro, caso ele continuasse sem respostas à população. E orientado também por esses políticos, um mendigo teria que ser incriminado, pois não teria quem o procurasse defender.
E naquela noite a imprensa apresentava a todo o País, o rosto de um maltrapilho que a polícia dizia ser um dos autores do crime realizado há poucos minutos. Uma jovem teve o seu crânio esfacelado por um taco de beisebol, que fora encontrado, segundo a polícia, nas mãos daquele “Mendigo”. Um exame de DNA seria feito para saber se o sangue encontrado nas roupas do “Mendigo” era o mesmo da jovem. E como tudo fora armado, “O Mendigo” foi parar em um presídio de segurança máxima.
“O Mendigo”, que não expressou nenhuma reação ao ser acusado e preso, não sabia sequer o próprio nome. Aliás, não lembrava nada de sua vida anterior à sua prisão. Porém, era um mestre na arte de influenciar. Todos os que o ouviam, tinham suas vidas transformadas por suas reflexões e palavras de sabedoria. Isso foi presenciado dentro do centro de detenção, enquanto lá esteve, e depois, nas ruas, quando juntou-se a um grupo de moradores de rua.
Mascarenhas, diretor da penitenciária por onde “O Mendigo” passou, temido pelos que viviam no mundo do crime, e a ele eram enviados, teve sua vida e seus conceitos reestruturados no curto período em que teve “O Mendigo” como “hospede” em sua penitenciária. O diretor manteve um contato amigável com “O Mendigo”, que em seus momentos de bate-papo, lhe devolve o gosto de viver e o respeito pela vida dos que a ele eram enviados.
Nas ruas, quando saiu da prisão, “O Mendigo” juntou-se a um grupo de moradores de rua, que lhe acolheu, e ali, também, não deixou por menos, fez reviravoltas nas vidas alheias.
“O Mendigo” ou professor, como era chamado pelos que o ouviam, não conseguiu lembrar quem ele realmente era. E os seus irmãos de rua só vieram saber da sua identidade após a sua morte, a qual acontece em uma noite muito fria, ocorrida na grande São Paulo.
Não deixe de ler “O Mendigo”, ele pode estar querendo, também, conhecer a sua história de vida para ajudá-lo a reescrevê-la, colocando em seus devidos lugares, as vírgulas e todas as outras pontuações que forem necessárias.
Número de páginas | 339 |
Edición | 1 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Folleto |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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