
“Às vezes, a esperança é o último grito antes do silêncio.” Kugar não deveria estar vivo. Escondido dentro de uma mala por um pai em desespero, descoberto por soldados que zombaram de sua fragilidade e, em um gesto inexplicável, decidiram poupá-lo — ele sobrevive ao inverno da humanidade. Este não é apenas um livro sobre o Holocausto. É um livro sobre o que resta de nós quando tudo nos é tirado. Narrado com alternância entre realismo cru e poesia onírica, O Menino e o Abismo acompanha a travessia de uma criança que aprende a enganar a morte com imaginação, a roubar migalhas como quem cumpre uma missão secreta e a escrever cartas para uma mãe que talvez não exista mais. Exilado do mundo, Kugar descobre que até mesmo os algozes carregam rachaduras — e que, por vezes, nelas entra um fio de luz. Na libertação, aos sete anos, sua imagem percorre jornais do mundo. Mas por trás do símbolo, existe um menino que desaprendeu a sorrir. Como narrar o indizível? Como reconstruir uma identidade feita de estilhaços? Com cartas ficcionais, poemas fragmentados e interlúdios metafísicos que rompem a linearidade da narrativa, este romance atinge em cheio a alma do leitor. Evocando nomes do passado, propõe uma nova forma de testemunho — íntima, poética e devastadoramente humana.
Número de páginas | 72 |
Edición | 1 (2025) |
Idioma | Portugués |
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