 
           
          Beto Bezerra, em seu livro “O que não pode ser dito”, concilia sutilezas várias do gênero policial de romance: Um crime – cometido na Região Metropolitana da Cidade do Recife (PE) – puxa o fio do enredo e logo que o novelo vai sendo desenrolado se descortina um jogo de relações (segredadas por um narrador onisciente) e nesse intrincado surgem vários culpados cabendo somente ao leitor pesar o grau de culpabilidade de cada um deles. As razões são pessoais – como devem ser – começa-se então uma investigação no intento de solucionar algo misterioso e não falta nesta trama a inquietação, o estranhamento, o medo, a desconfiança quanto às faces ou “roupagens” dos personagens, e mais, isto ao sabor de um erotismo que percorre toda a narrativa. Os que participam deste conflito merecem igualmente nossa desconfiança tanto pelas lacunas sutilmente inseridas na história quanto pelas elipses que marcam os diálogos. O mais intrigante nessa investigação é certamente o “não-dito” encontrado no olhar dos personagens que transferem, a cada momento, a dúvida para o comportamento do outro.
Priscila Varjal
| Número de páginas | 316 | 
| Edición | 2 (2017) | 
| Formato | A5 (148x210) | 
| Acabado | Tapa blanda (con solapas) | 
| Coloración | Blanco y negro | 
| Tipo de papel | Offset 90g | 
| Idioma | Portugués | 
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