
Realismo fantástico e regionalismo neste novo e eletrizante romance de Pio Furtado. Nesta engenhosa história, pela pena do consagrado autor, misturam-se personagens históricos e ficcionais, que muito pouco contracenam, mas estão sempre lá, nas entrelinhas, entre o real e o imaginário, no concreto e no abstrato, a trocarem verossimilhanças. Uma ficção têmporo-espacial-icnográfica provida de referências. Mixagem que une erudição com a cultura, as tradições e os costumes do povo gaúcho, o que fica bem marcado nas tiradas, ditos e dizeres do nativismo Rio-Grandense. Pio Furtado vai forjando envolventes personagens, anatomizando-os como é da sua peculiar verve e criação, dando-lhes consciências e almas, para se movimentarem livremente no seio de uma guerra civil fraticida, em que, ao cabo, todos saíram perdedores. Fatos umbráticos, fantasiosos, quiméricos ou reais são todos requisitórios para o desenvolvimento da narrativa: a saga de uma família de estancieiros enlutada pela guerra que, no curso e palpitar da Revolução Farroupilha, atravessa a Província para ajudar os revoltosos da República do Piratini.
Número de páginas | 120 |
Edición | 1 (2025) |
Idioma | Portugués |
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