"Pira poética", de 2011, é o segundo livro do poeta goianiense Simião Mendes.
A obra traz como elemento central o fogo, que funciona tanto como metáfora para a tentativa de reinventar sua escrita poética, deixando o pessimismo do primeiro livro de lado, quanto como uma alusão à cor da paixão e à cor do cabelo de sua musa inspiradora.
O livro apresenta um poeta mais preocupado com questões existencialistas, propondo uma poética filosófica que tem como finalidade refletir o papel e o lugar do sujeito crítico em uma sociedade problemática, uma reflexão que parte das próprias incertezas e inseguranças do poeta.
É possível identificar também jogos de palavras que denunciam o desejo de ir além das rimas, utilizando referências e nomes para produzir trocadilhos poéticos. Os poemas eróticos aparecem, mas ao contrário do livro de estreia, são mais sugestivos do que explícitos.
Por fim, o poeta apresenta nos últimos escritos da obra, todo seu lirismo ao exaltar sua musa, com versos como "minha donzela, minha bela flor de fogo / minha fé é em te amar, o meu altar é o teu corpo".
Em suma, "Pira poética" apresenta um poeta mais confiante, ainda em processo de amadurecimento, mas com uma escrita que já traz uma assinatura própria.
Número de páginas | 0 |
Edición | 1 (2011) |
Idioma | Portugués |
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