POEMAS DE GENTE PRETA

Por José Leopoldo Torres de Albuquerque Filho

Código del libro: 853416

Categorías

Discriminación Y Relaciones Raciales, Africano, África, Poesía, No ficción juvenil

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Sinopsis

Poemas de Gente Pretas é um mergulho visceral na alma da negritude. José Leopoldo constrói, verso a verso, uma travessia de memórias, dores, resistências e afetos. Dividido em cinco partes — Vozes ancestrais, Orgulho e identidade, Resistência e luta, A Escravidão não acabou e Presença, amor e futuro — este livro é um mapa poético da existência negra em todas as suas complexidades.

Cada poema é um grito, lembrança viva de um povo que sobreviveu ao apagamento e transformou o trauma em criação. É literatura como memória, poesia como levante, e palavra como instrumento de descolonização. Um livro que canta, denuncia, acolhe e afirma: ser preto é ser raiz, herança, futuro e presente.

Características

Número de páginas 96
Edición 1 (2025)
Formato A5 (148x210)
Acabado Tapa blanda (con solapas)
Coloración Blanco y negro
Tipo de papel Offset 80g
Idioma Portugués

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Habla con el autor

José Leopoldo Torres de Albuquerque Filho

Sou José Leopoldo Torres de Albuquerque Filho, tenho 44 anos e nasci em Andaraí, no coração da Chapada Diamantina. Foi ali, entre serras, rios e estradas de terra, que aprendi a viver e a resistir. Carrego no nome a herança de meu pai, e na memória, a força de minha mãe.

Minha mãe, Eulina de Guimarães Alves, foi uma guerreira. Baiana de acarajé, lavadeira, mulher de coragem que já arrancou lenha no mato, carregou feixes na cabeça e vendeu cada pedaço para garantir a nossa sobrevivência. Teve o corpo queimado, enfrentou dores físicas e emocionais, mas nunca se curvou diante da vida. Quando não havia comida suficiente, ela dividia uma única maçã em partes iguais, como quem partilha uma melancia, para que todos os filhos tivessem um pedaço. Muitas vezes o nosso café da manhã antes da escola era só farinha com água ou café. E mesmo assim, ela fazia da pobreza um gesto de cuidado e dignidade.

Meu pai foi garimpeiro e pescador. Um homem do mato, do rio, da rocha. Foi com ele que aprendi as quatro operações da matemática, escrevendo com carvão sobre as pedras do rio Paraguaçu. Também foi ele quem me apresentou os encantos dos Marimbus, com suas águas silenciosas e misteriosas, onde cada trilha aquática parecia contar uma história antiga.

Sou o quarto de cinco filhos. Apenas eu e meu irmão João somos filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Crescemos juntos, entre ausências e afetos, enfrentando a dureza da vida com o pouco que tínhamos — mas com muito amor, coragem e companheirismo.

Minha caminhada me levou à educação. Tornei-me licenciado em Geografia, pós-graduado em Educação e Gestão Ambiental, e mestre em Ciências Ambientais. Cada diploma representa mais do que uma conquista pessoal: é a concretização dos sonhos de minha mãe, o reconhecimento da sabedoria simples do meu pai e a afirmação do valor da terra de onde venho.

Hoje, olho para trás com respeito pelas minhas origens e sigo adiante com o compromisso de honrar essa história. A infância difícil me ensinou a lutar, os ensinamentos dos meus pais me ensinaram a viver, e a educação me deu voz. Sou filho da Chapada, herdeiro do sertão, e carregarei para sempre essa raiz em tudo o que faço.

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