Ariel

Cronologicamente, essa é a primeira história. Ela dá origem a todas as outras, ainda que não sejam continuações explícitas. Toda história minha tem ou terá sempre uma personagem feminina chamada Ariel. Não é a mesma personagem. Mas é a mesma alma, viajando de corpo em corpo, de vida em vida. Aqui é onde tudo começa. Os leitores conhecerão todos os segredos e as razões pelas quais Ariel precisa encarnar tantas vezes.

Voltaremos no tempo para conhecer um pouco de uma bela jovem no melhor da idade, mas não falaremos dela desde o início, sua existência é revelada um pouco à frente do nosso ponto de partida. Em meio a um universo de frustrações, o falho e mortal Kevin conhecerá Ariel, que se apresentará envolta em encantamentos. Ele conseguirá tê-la ao seu lado, como namorada.

Inicialmente, Kevin encontra em Ariel seu ponto de paz. Surge como um simples “namoro”, o vínculo de dois seres que precisam se conhecer em um encontro já marcado pelo próprio universo. Seja para viver um intenso inferno, ou um paraíso de alegrias sem fim. Em um universo controlado pelo pai narcisista e pela madrasta petulante, Kevin aceitará o convite de Ariel para viver o que a vida tem de melhor.

Mas Kevin conhece a si próprio; Ao amá-la, tende a machucá-la. Sangue será derramado de Ariel, e a culpa se alastrará como um incêndio monstruoso. Kevin já não pode viver sem ela, mas introduzi-la em seu universo automaticamente faz com que a jovem mulher sofra também, pois repartem as mesmas coisas.

Ariel não é a perfeição, também possui frustrações. Ambos podem se completar. Ambos podem destruir a si próprios. Ou podem viver para sempre, em milhares de vidas que tendem a existir depois dessa.