APOSTILA TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR

A pergunta que sempre escuto quando converso sobre concursos da Petrobras é como fazer para ser aprovado. Depois de fazer (e ser aprovado) em seis concursos da Petrobras, acho que consigo responder essa pergunta e infelizmente posso afirmar que não existe fórmula mágica. Mesmo assim, existem dicas que podem ajudar na preparação e por isso vou tentar mostrá-las nesse texto.

O primeiro passo é se ater ao edital e juntar uma boa base de livros de referência, não que você tenha que reler todos os livros e apostilas, mas é sempre bom ter livros ou apostilas para consultar em caso de dúvidas. É importante identificar claramente cada um dos assuntos do edital e estudar somente eles. Nessa hora o foco é muito importante, deixe as curiosidades, preferências pessoais e desafios para depois da prova, pense somente em ser aprovado.

Durante a minha época de concurseiro, eu sempre via colegas falando de ebook’s disponibilizados na internet. Com raríssimas exceções, eu sempre achava aqueles materiais ruins e sem objetivo, já que eles geralmente são apanhados de textos achados no google, o autor (da coletânea) nem sempre se preocupa em ler e ver se aquilo faz sentido ou se é importante.

A minha idéia, ao escrever esse material, nunca foi de substituir os livros ou apostilas que tem por aí. Isso seria algo muito pretensioso e, felizmente, eu não sou assim. O meu intuito é fornecer um material mais focado complemente no seu estudo e que facilite a sua aprovação no concurso. Se você quer aprender a fundo os tópicos do edital e dominá-los como ninguém, a melhor coisa que você faz é ler e reler todos os tópicos desta apostila.

Agora se o seu intuito é ser aprovado em um concurso público, lembre-se que as questões cobradas em concursos não são complexas e nem tão pouco exigem conhecimento profundo. Com exceção de uma ou outra questão, uma boa visão geral dos conteúdos e treino resolvem a maioria das questões. Assim, o meu objetivo é fornecer um material que sirva de guia para um estudo focado e rápido dos conteúdos do programa, já que a maioria dos concurseiros só começa a estudar para valer após a publicação do edital, ficando, assim, com pouco tempo para estudar o vasto programa exigido no edital.

Outro passo é estudar pelas provas anteriores. Eu sempre gostei de fazer isso, porque creio que a partir delas você consegue conhecer o estilo da banca e como ela explora o conteúdo do edital ( um fato curioso sobre isso é que eu usei o enunciado de uma questão para responder uma questão do concurso seguinte, mesmo cargo e mesma banca). Mesmo sabendo o conteúdo, você pode acabar se complicando por falta de experiência e domínio de tempo.

Eu nunca gostei de decorar, mas depois de ter visto várias questões que são resolvidas diretamente a partir daqueles conceitos, mudei de ideia e fui para a prova sabendo deles. Para lembrar deles, uma coisa que eu sempre faço é criar uma lista de fórmulas e conceitos (chatos) que devo decorar antes da prova. Geralmente na véspera de concursos eu apenas reviso essas listas.

Resumindo, eu uso as provas antigas com três objetivos:

• Primeiro eu separo uma ou duas provas para avaliar o meu conhecimento inicial e identificar quais assuntos eu preciso revisar;

• Depois de ter estudado, eu uso essas provas para conhecer o estilo de prova da banca e como ela cobra o assunto;

• Por fim, respondo exaustivamente as provas (item a item) para fixar os conceitos e treinar tempo de leitura e velocidade de resolução. Como o uso de calculadora não é permitido, conseguir fazer contas rapidamente é uma grande vantagem.

Além disso, é bom ter em mente o fator tempo e a estratégia a ser usada durante a resolução de provas. Isso é muito particular, mas eu vou dizer como eu respondo qualquer prova e porque eu faço isso. Pensando nisso e baseando-se em como você reage a fatores como pressão e nervosismo é bem provável que você ache a sua melhor estratégia. Em todas as provas que eu já fiz, eu percebi que a maior parte das questões eu sempre faço na parte final da prova. Numa prova de concurso com 70 questões para serem feitas em 4 horas, é bem provável que eu faça entre 40 e 50 questões na metade final do meu tempo de prova. A razão para isso é bem simples, geralmente no começo de qualquer prova eu demoro muito para me concentrar e conseguir raciocinar rapidamente em cima de problemas mais elaborados. Por causa disso, eu faço os problemas mais simples no começo e sempre pulo os mais complicados (gasto tempo para ler, mas nunca respondo de cara), retornando a esses somente depois de está concentrado. Se eu tentar resolver um problema mais complicado logo no começo, corro o risco de perder tempo desnecessariamente. Lembre-se também que o importante não é gabaritar ou responder toda a prova, é mais importante deixar algumas em branco e acertar todas que você tentou. Parece óbvio, mas já vi várias pessoas reclamando que perderam muito tempo em questões dúbias ou que no final foram anuladas.

Por fim eu diria que genialidade não é um fator crucial em concursos públicos. Na maioria das vezes são feitas questões que exigem apenas um conhecimento básico do assunto e se o candidato tiver estudado o assunto durante a sua preparação é muito provável que consiga acertar a questão. Quem pensa que concurso serve para mostrar genialidade e inteligência está profundamente enganado, o melhor lugar para isso é em pesquisa acadêmica e em problemas que não tem solução conhecida, algo bem diferente do que é cobrado em concursos.

Desejo a você uma boa sorte,

Boa Sorte e bons estudos!