Este livro tem como objetivo examinar os múltiplos conceitos existentes para Exu, dentre os quais a inversão, observada na maneira deste orixá ensinar às avessas, no mito de como ele ensina a Oxum a jogar búzios para ver o futuro, ou do princípio do caos exuriano – no qual é preciso um grande estado de confusão inicial para que o esclarecimento aconteça.
A figura de exú pode ser interpretada atualmente segundo dois esforços principais dos seus adeptos na umbanda e no candomblé (as duas religiões de matriz africana que reúnem juntas grande parte dos adeptos em todo o Brasil): (I) a luta por melhor compreender o processo histórico que resultou na imagem popularizada de exú, que faz referência direta ao diabo do cristianismo; (II) perceber como tal imagem influenciou ressignificações rituais a este orixá no seio das religiões de matriz africana no Brasil, tradicionalmente conduzidas no início dos seus processos de criação por indivíduos que tinham no coletivo reconhecimento das suas ligações mais “próximas” às “culturas africanas”.
Pensamos então que recuperar os mitos e as interpretações de exú, Senhor das encruzilhadas, é abrir as portas para a confluência de muitos outros caminhos que possam revelar numa nova possibilidade de futuro: um futuro que promova encontros e reencontros, do(s) passado(s) e do(s) presente(s) rumo à liberdade de expressão religiosa sem as marcas da intolerância e do preconceito.
Grupo Boiadeiro Rei
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Número de páginas | 211 |
Edición | 1 (2016) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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