Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira, surgiu a partir do município de Palmares-PE, no final do século XIX.
Na primeira década do século XX, o poeta veio para o Recife exercer carreira de funcionário público do Tesouro do Estado e desde então, fixou-se definitivamente na capital pernambucana, dedicando-se à criação literária por quatro décadas. Nesse tempo, o poeta escreveu para revistas, periódicos e jornais da época, até que em 1927, lançou o livro "Catimbó", considerado um ato fundador do modernismo brasileiro. Outros dois livros de poesia, publicados por ele, também marcaram a literatura modernista: "Cana caiana" (1939) e "Xenhenhém" (1951).
Seu desaparecimento, se deu em 1965, no Recife, em decorrência de doença cardíaca, crônica.
Neste livro estão reunidos, pela primeira vez, todas as composições do poeta, com reportagens investigativas sobre as suas origens, que nos dão uma maior compreensão de quem foi este personagem emblemático da cultura brasileira.
O livro também narra como se deu a conexão entre Ascenso Ferreira e os modernistas do eixo sudestino - mais especificamente: Rio-São Paulo, seu ativismo na política e na literatura, além da relação aproximada do poeta com o estado da Bahia, desde os influxos gerados pelo o fim da República de Espadas e a Guerra de Canudos.
Em outra parte, o livro rememora a chegada, no Recife, das ideias proclamadas na I Semana de Arte de Moderna de São Paulo e os impactos entre vanguardas e regionalistas, na criação literária pernambucana desde então.
A obra ainda traz uma entrevista inédita com a segunda companheira do poeta, Maria de Lourdes Medeiros e uma das raras entrevistas concedidas por ele, em 1951, no Rio de Janeiro. O prefácio do livro, é assinado pela professora Dra. Marcele Aires Franceschini, da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná. Autora da dissertação de mestrado, que retrata a importância do poeta Ascenso Ferreira para o modernismo brasileiro e para a nossa literatura.
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