Clóvis Campêlo é daqueles escritores que se revelam sem qualquer embaraço. A paixão pela cidade do Recife, o cotidiano, as personalidades do seu tempo e outras que povoam o seu universo cultural, os fatos ocorridos; transformam o homem no escritor e o escritor num pássaro de asas de grandes dimensões, qual sobrevoa as memórias da sua própria existência para produzir narrativas apaixonadas e, sobretudo, apaixonantes.
Crônicas Recifenses é antes de tudo, um livro de pura sensibilidade e inteligentíssimo, que guarda na sua estrutura literária um exercício da melhor prosa poética extraída de coisas aparentemente simples, comuns e corriqueiras do cotidiano de uma cidade, de personalidades que marcaram épocas, de fatos diversos e da vida do próprio autor. John Updike, na sua notável concepção acerca do fazer literário, diz que “os detalhes são divinos”, como modo de apreciar a narrativa. Nesse sentido, o que aparentemente é simples, comum, realça toda a narrativa deste livro com a divindade dos detalhes tão bem manejados pelo autor. É um texto livre como uma experimentação, no qual Clóvis se permite a certas ousadias impulsionadas pelo seu gênio criativo.
Talvez a arte da escrita seja a que mais embriaga de paixão os seus vocacionados. É assim que Clóvis Campêlo se revela: um escritor embriagado de paixão pela literatura. Um escritor engajado, um criador incansável, que tem produzido um magnífico acervo literário ao longo dos anos. Crônicas Recifenses é apenas uma parte desse acervo que agora chega às mãos do público leitor.
Numa época em que se verifica a produção cultural e a forma de consumir bens culturais, transformando-se tão radicalmente e em tão curto espaço de tempo, refletindo diretamente nos processos de decisões do consumo de bens (culturais) e, consequentemente, estabelecendo um padrão artístico de sedução, de baixa qualidade; Crônicas Recifenses chega como um saboroso alento para cultura pernambucana e brasileira. E porque não dizer, um brinde à arte!
Crônicas Recifenses é um delicioso passeio pela cidade do Recife, pelos fatos que marcaram épocas e a vida de personalidades, pelas memórias de um homem pernambucano, através da genialidade criativa de Clóvis Campêlo.
ISBN | 978-85-5697-541-6 |
Número de páginas | 138 |
Edición | 1 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Portugués |
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