Uma história em poesia. A descarga do que senti, passei e sofri. Uma forma de desvendar parte do que fui e serei. Um cara forte que superou, mas que foi derrubado diversas vezes. Um ser sereno, ou nele. Não parou de escrever quando as folhas acabaram. Vomitou o que devia, e hoje, isso lhe rendeu mais um livro para alívio de seus demônios perdidos. Hoje ele não ladra. Ele morde pra arrancar pedaço e se lambuzar. Apreciem minhas frases, já se engasgando com esta:
Perdi a mão, soltei tudo...
Estou sentado, abalado, calado
Com status de humilhado
Expurgado de algum mundo, que não era meu.
Então não era pra ser
Mas foi.
Perdi a mão...
Estou aqui sentado, sentindo o vento, o sentimento
É de revoltar, nem brilho há mais no olhar.
Acho é que larguei mão...
Eu inabalável a tempos, agora pensando em momentos, que não querem voltar
Voltar... só na minha cabeça, como um replay, e um stop que não obedeça.
Larguei mão, sentado no centro, lamento
Minhas novas olheiras se destacam em meio a essas velhas floreiras.
Na minha mente tudo, no rosto, absolutamente nada.
Definitivamente... larguei mão.
Arranquei cada corrente e cortei cordas
Abri celas e derrubei portas
Estuprei caixões e violei covas...
Todos eles estão soltos, livres, desamordaçados e com ideais a seguir.
Meus demônios.
Uma grande festa amaldiçoada
Uma carnificina anunciada em meio aquela orgia desenfreada.
Eles assumiram meu corpo estático, catatônico e morto.
Agora cada porco vai sentir o peso que meus punhos tem abastecidos de rancor.
Que minhas idéias tem em valor e como ajo sem coleira, um louvor.
Agora o Inferno é o mínimo que espero.
Número de páginas | 91 |
Edición | 1 (2012) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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