A história do rock´n´roll brasileiro, quando realmente for escrita, se é que algum dia o será, pois já estamos no ano 2015, e apenas fragmentos dela foram rascunhados, parecerá sem sombra de dúvidas, com uma biografia simples de Raul Seixas, pois além dele nenhum outro artista dentro desse segmento musical, atingiu o grau filosófico e mítico que a obra de Raul atingiu. No Brasil nenhum artista jamais ousou tanto e com tamanho sarcasmo e inteligência. Nenhum cantor/compositor ousou encarar o Monstro Sist de peito aberto, sem medo. Nenhum artista viveu, de fato, o que cantava. Foi o mago Raulzito quem levou, praticamente sozinho, a bandeira do rock feito no Brasil nas últimas décadas que antecederam sua morte. Raul varava as noites em claro sem conciliar o sono, pois não admitia a possibilidade de um homem dormir confortavelmente, enquanto outro ser humano dormia esfomeado e tiritando nas calçadas, nos guetos, sob as marquises... Desde a infância rebelde em Salvador, até seu triste desaparecimento em 21 de agosto de 1989, Raul viveu e sofreu na carne tudo o que o verdadeiro espírito do rock exige de quem almeja representá-lo pelas estradas das almas solitárias. Primeiro filho de um engenheiro ferroviário e de dona-de-casa, viveu sua infância entre livros de ficção e filosofia. Seus primeiros contatos com o rock´n´roll aconteceram numa época em que os jovens brasileiros mal se davam conta daquele ritmo tribal que começara a invadir e sacudir os EUA através de Chuck Berry, Litlle Richard, Elvis Presley e Jerry Lee Lewis. Em 1045, quando Raul nasceu, o rock´n ´roll já havia mostrado suas garras, dando as primeiras investidas com “Arthur Big Boy Crudup”, até atingir o cume da reestruturação de valores em 1954, mais ou menos com cinco influências diferentes, como sempre ensinava Dom Raulzito: O rock de Chicago – Chuck Berry; o do Alabama – Litlle Richard; os gospels (spirituals) dos negros americanos e foi metamorfoseado até chegar a Elvis Presley. O rock era um movimento comportamentista.
Número de páginas | 178 |
Edición | 1 (2016) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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