A partir de notícia sobre o ministro Dhimas Draumann, que abandonara a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, em plena crise política do Governo Federal em 2015, o jornalista José Renato Ribeiro lembra de toda sua trajetória profissional nos jornais e empresas de comunicação em Curitiba, interior do Paraná, e em Washington D.C., nos Estados Unidos.
Na redação de um dos maiores e mais antigos jornais da capital paranaense, até então, é desprezado e humilhado enquanto ouve do editor – Dráuzio Dalhe Canetta – que pelo vespertino havia passado um Dhimas Draumann e, no momento, outros supostamente grandes profissionais, devidamente substantivados, atuavam na empresa.
Enfim, lugar no qual não havia espaço para um José Renato.
Sem poupar críticas a si mesmo, Emildo Coutinho usa da autoficção para traçar um painel dos vinte e seis anos e meio que atuou como jornalista; a infância e o período de prática da escrita, anterior à formação acadêmica, bem como os quatro anos na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
Jornalistas, escritores, artistas e políticos são alguns dos personagens do romance. Entre eles a esperta Arleth Souza, da revista Olha, que rouba a pauta do jovem recém-formado, e emplaca matéria em edição nacional; Amélia Maria, de tradicional família em cujas mãos estão parte do monopólio dos meios de comunicação de massa do Estado, que publica matéria como se não houvesse um autor.
E muitos outros.
Inclusive mortos – Wilcon Sueno, Arlêncio Davier – e políticos como o deputado federal Loacir Pascholetto, cuja morte foi o assunto mais comentado nas redes sociais em 2012. Nesta segunda edição do romance, o autor inclui os poetas Rollo de Resende (falecido vítima do HIV, com quem teve um inesquecível encontro) e Maravilha Tukota, ambos do Grupo Poético Baú de Signos, da antiga Feira do Poeta, em Curitiba. Tukota, em certa ocasião, disse-lhe que escrever para jornal não o possibilitaria escrever com criatividade.
Com um texto repleto de coloquialidade, monólogo interior e fluxo de consciência, Emildo Coutinho usa dos pseudônimos irônicos para dar uma pincelada de irreverência a um assunto que faz parte de sua tese de mestrado: o Jornalismo como a indústria que é, e por isso, sem distinção dos outros produtos de consumo.
Jamais Serás um Dhimas Draumann é, também, um romance sobre dramas pessoais, familiares, amorosos e uma reflexão sobre o ato da escrita e da criação literária.
ISBN | 978-65-00-01586-7 |
Número de páginas | 404 |
Edición | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Folleto |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Portugués |
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