MÃE DA LUA

Por Wanderley Beraldo

Código del libro: 605632

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Poesía, Literatura Nacional, Ficción

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Sinopsis

Por que Mãe da Lua?

Ao cair da noite, quando corujas e morcegos saem em busca de alimento, um animal raro e quase desconhecido sai à caça também. Seu nome enigmático é Mãe-da-lua, ou também chamado de Urutau-gigante, uma ave muito especial e rara de ser vista. Uma das razões disso é sua inigualável camuflagem com coloração acinzentada e amarronzada, apresentando tons e detalhes quase que idênticos aos das texturas das árvores.

Assim são os meus versos: Enigmáticos, especiais, raros, camuflados dentro dos livros, nas estantes, nas bibliotecas à espera de serem vistos, observados e contemplados...

Durante o dia, a ave escolhe normalmente um galho bifurcado, ergue seu bico ao céu e, em uma posição que parece muito desconfortável, se mantém estática para adormecer sem ser importunada. A perfeição da camuflagem é tanta que o Mãe-da-lua desaparece aos olhos dos desavisados, se assemelhando de forma incrível a um galho quebrado.

Estáticos, adormecidos, mas vivos...

A natureza atingiu um grau de especialização tão grande nos lindos olhos dessa ave que suas pálpebras possuem estruturas semelhantes a cortinas, formando pequenos orifícios ao se fecharem e permitindo ao Mãe-da-lua enxergar os acontecimentos ao seu redor mesmo de olhos fechados.

Observando a indiferença, mesmo de olhos fechados, daqueles que lhes fecham os olhos...

À noite, a ave é imponente. Suas asas, de 1 metro de envergadura, batem em um voo silencioso. O Mãe-da-lua é um predador noturno, muitas vezes confundido com as corujas. Seu bico apresenta uma abertura gigantesca com “lábios” que ultrapassam o nível dos olhos, permitindo comer insetos em pleno voo. Também se alimenta de morcegos e pequenas aves. A ave pertence à Ordem dos Caprimulgiformes, da família dos Nyctibiidae, ocorrendo no Brasil 3 espécies: Nyctibius grandis (Mãe-da-Lua Gigante); Nyctibius griseus (Urutau) e Nyctibius aethereus (Mãe-da-Lua Parda).

Nascem, crescem e se alimentam da solidão das noites...

Porém, não se sabe se o Mãe-da-lua é raro devido a existência de poucos indivíduos na natureza ou à fantástica camuflagem.

Não são poucos, mas raramente são vistos...

O que se sabe é que as lendas em torno dessa incrível ave são muitas. Dizem que seu canto traz mensagens do mundo dos mortos, entregando boa sorte aos amigos e azar aos inimigos.

São plenos de mensagens, o teor depende que os lê...

Outra lenda diz que uma índia passou grande sofrimento por um amor impossível e tamanha foi sua tristeza, que a jovem se transformou no urutau, sendo condenada a empoleirar-se toda noite em um tronco de árvore, vagando pela noite a olhar fixamente para a Lua e a cantar sua tristeza pela falta de seu amor. A ave possui um arrepiante canto, um som alto ecoa na noite, parecendo um grito de desespero de alguém em grande perigo. Outra lenda afirma que o urutau foi um menino órfão, transformado em ave que chora triste todas as noites a perda de seus pais.

Cantam as tristezas, vagando pelas solidões, namorando a lua...

Dizem que as penas do urutau são talismãs do amor. Dizem que varrer o chão sob o véu de uma noiva, utilizando as penas da ave, garante todas as virtudes do mundo às futuras esposas. Dizem muitas coisas, porém a impressão que fica é que o urutau, ou mãe-da-lua, é uma ave mágica.

São mágicos e querem apenas doar amor, para quem os ouve, os vê e os usa.

Apenas versos:

Mágicos agouros de Amor

Basta ver, ouvir, ler e usar.

Características

Número de páginas 178
Edición 2 (2023)
Formato A5 (148x210)
Acabado Tapa blanda (con solapas)
Tipo de papel Offset 80g
Idioma Portugués

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Habla con el autor

Wanderley Beraldo

Mineiro de Andradas, onde nasceu em 1.951.

Trouxe da infância, a poesia silenciosa das montanhas mineiras, os sons das cachoeiras cristalinas e a pureza de suas águas límpidas.

Trouxe da solidão do estudo religioso em um seminário, a inspiração para os poemas mitológicos, míticos, místicos, sociais e idílicos, frutos das traduções de Vergílio, Homero, Esopo e Júlio Cesar.

Trouxe da participação nos movimentos da poesia marginal, a necessidade constante, visceral e vital da escrita.

Trouxe dos muitos trabalhos premiados, do periódico Muiraquitã, do primeiro livro publicado em 1.982 Marionetes, a consumação do casamento alquímico com a poesia.

Operário por necessidade e poeta por prazer.

Poeta alternativo. Poeta marginal.

“Ser poeta é sentir com dupla intensidade as belezas mais sutis”

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