
Antônio tinha trinta anos quando pegou a pá e, sem motivo aparente, começou a cavar. O gesto banal, repetido dia após dia, transformou-se em destino. O que parecia loucura virou ritual, e o buraco, aos poucos, deixou de ser apenas terra removida; tornou-se espelho, prisão, memória e revelação. Ao longo de sua descida, Antônio perdeu família, amigos, a cidade, mas encontrou algo ainda mais profundo. As vozes da terra, as raízes da memória, os ecos de vidas enterradas. Entre a solidão e o delírio, ele se fundiu ao subsolo, atravessando limites físicos e espirituais. Enquanto o mundo acima seguia em ritmo próprio, Antônio desaparecia cada vez mais no interior da terra, até não restar diferença entre homem e buraco, carne e pedra, silêncio e eternidade. O Homem Que Começou a Cavar Um Buraco e Nunca Parou é uma fábula sombria sobre obsessão, perda e transcendência, onde o ato de cavar se transforma em metáfora para a busca sem fim. Pelo sentido, pela verdade, pela própria essência da existência.
Número de páginas | 79 |
Edición | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Tipo de papel | Ahuesado 80g |
Idioma | Portugués |
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