É fato que não somente os homens ditos tradicionais, mas também a sociedade patriarcal como um todo, incluindo-se aí muitas mulheres de cultura judaico-cristã, têm demonstrado certo desconforto, ojeriza, náusea e, na mesma via, criado resistências aos novos valores defendidos, vividos e compartilhados pelas mulheres ditas pós-modernas (ou feministas).
Alguns (e algumas), por exemplo, têm-nas chamado de loucas, psicóticas, neuróticas, pervertidas, ateias, vadias, libertinas, promíscuas, poligâmicas, etc. A pergunta é: As mulheres pós-modernas e/ou feministas têm buscado romper com os valores da sociedade patriarcal porque são libertinas, estão ficando loucas ou sendo possuídas por ideologias diabólicas e ateístas como muitos indivíduos de cultura judaico-cristã ou tradicional têm ainda hoje pregado?
II
A temática, como se pode perceber, é complexa. Todavia, pode-se com propriedade afirmar, o novo modo de vida (e valores) das mulheres ditas pós-modernas ou feministas não se trata (nem de longe) de um problema psicopatológico, e muito menos ainda espiritual, etc., e sim de natureza ético-comportamental, porque substanciado na busca por uma mudança de paradigma sociopolítico. Ou seja, substanciado na busca por uma maneira mais livre, igualitária e/ou considerada justa de existir.
E isso deve-se ao seguinte motivo: o homo sapiens, segundo pensam, diferentemente de todos os outros seres, não está preso, como também preconizaram Hannah Arendt, Sartre, Heidegger, e tantos outros, em uma natureza ou forma pré-determinista de ser ou viver, mas sim em uma situação de liberdade, relativa à condição humana.
ISBN | 978-1547023141 |
Número de páginas | 169 |
Edición | 1 (2017) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabado | Tapa blanda (con solapas) |
Coloración | Blanco y negro |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
¿Tienes alguna queja sobre ese libro? Envía un correo electrónico a [email protected]
Haz el inicio de sesión deja tu comentario sobre el libro.