Soneto 501: Amor fraternal
Quero as rosas mais coloridas que houver
E aquelas que nenhuma cor tiver...
Quero amar todas as mulheres que houver
No fraterno amor que Deus quer!
Quero amar sem preconceitos de cor,
De raça, de nível social e de ardor...
Daquele ardor que o álcool provoca
Onde destrói, aparta e gera fofocas...
Quero amar a todos, unanimente,
Com a rútila nos olhos crentes...
De que, pra Deus Este é o meu valor maior.
O amor fraternal cobre multidão de pecados!
Porque ele é o único dom que a alma leva a Deus
Para o juízo final, onde será julgado.
Soneto 502: O beijo frio
Beijando-te naquele dia (não há beijei) ...
Pois tinhas os olhos, por mim, tão distraídos.
E por aonde eles iam, juro que não sei...
Mas procura alguém que tinhas perdida...
Talvez na insensatez do abandone impensado...
Ou pelo o abandono que lhe fora intimado...
E por aonde eles iam, juro que não sei...
Beijando-te naquele dia, não há beijei...
Tinha nos lábios a losna com o amargo
De uma despedida... onde o doce havia ficado...
E agora não tinhas para dar ao teu apaixonado!
Deixaste lá em algum lugar, o teu coração,
Como se deixa um favo de mel:
Mas não pudeste tirar de lá o teu mel de paixão.
Número de páginas | 215 |
Edición | 1 (2017) |
Idioma | Portugués |
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