De Volta à Igreja Viva

As igrejas cristãs de um modo geral, e não apenas a Igreja Católica, são tradicionalmente vistas como o repositório dos princípios cristãos.

Entretanto, a conduta das autoridades eclesiásticas responsáveis por essas igrejas nem sempre é condizente com esses princípios, o que tem submetido estas instituições a um processo histórico de desgaste de sua autoridade espiritual e de sua credibilidade moral perante a sociedade.

Este desgaste institucional das igrejas cristãs por sua vez induz ao desgaste do próprio cristianismo, na medida em que a Igreja expressa os princípios cristãos que ela prega. Assim, para muitos, as falhas da Igreja são vistas como deficiências da próprio cristianismo, enquanto religião.

Os cristãos entretanto distinguem o discurso da Igreja do Evangelho e para muitos essa incoerência entre o que é pregado e o que praticado tem levado a um esvaziamento sem precedentes das igrejas. Existe hoje um grande número de cristãos que creem no Evangelho de Cristo mas não reconhecem a autoridade ou a importância da igreja para a sua vida espiritual.

As inúmeras falhas que tem causado esse processo de deterioração institucional da Igreja ao longo do tempo, tanto da Igreja Católica como das igrejas protestantes e evangélicas, são devidas a um único fator: o fato de que as igrejas em geral são dirigidas por seres humanos, eles próprios passíveis de erros e defeitos.

A sociedade em geral tem a expectativa equivocada de que as lideranças da igreja sejam perfeitos cristãos. Entretanto, o verdadeiro cristão não é perfeito ou melhor que o não cristão, mas aquele que busca diariamente a perfeição, não apenas segundo a lei dos homens, mas sobretudo segundo as leis de Deus.

É um fato que muitas igrejas cristãs foram infestadas pelo secularismo e por doutrinas antibíblicas, e que por isso perderam a sua identidade. Essas igrejas precisam buscar novamente o caminho traçado por Cristo, para que voltem a ser igrejas vivas, verdadeiros membros do Corpo de Cristo no mundo.

Cristo continua agindo silenciosamente, mas de forma absolutamente impactante através de sua verdadeira igreja, que vive e cresce de forma vigorosa; protegida das convulsões e da corrupção do mundo, preservada dos achaques materialistas e intelectuais e das vaidades que esterilizam a fé