E se forem todos rezar, quem vai fazer o jantar? E se todos fizerem o jantar quem vai rezar?
Para quase 100% dos crentes - de qualquer religião - a devoção fica restrita às idas ao templo, ou a igreja, nos domingos. Dias de bons pensamentos, roupas mais colocadas respeitosamente às cerimônias do conclave, apertos de mãos, palavras reconfortantes, afetos expansivos, testemunhos milagrosos e união espiritual. Daí já cumpriram suas obrigações com DEUS.
Um mundo cheio de seitas - eram mais de 4.000 à entrada dos anos 2000 - com muitos livros de autoajuda, louvações musicais evangélicas, com vários mercados religiosos, milionários, de irmandades imanadas em torno de um ídolo superior, no consumo de prendas e lembrancinhas, cheio de cerimoniais televisivos, pastores e bispos de todas as ordens, cheio de bons e maus exemplos de irmandade ao próximo, indicativos para preleções sobre o bem e o mal, assistência pastoral e psicológica sob comunicação virtual, em tempo real, doutrinações efusivas e emocionantes. Um mundo que se arma em dados momentos e se desmonta em outros. Um mundo deixado, para o próximo domingo ou hora de religação com o ser superior.
A vida precisa continuar. DEUS ficou lá entre as paredes do templo ou da igreja. Agora somos serviçais de algum tipo de crença ou moda, ou de algum tipo de trabalho ou ocupação. DEUS ficou lá entre as paredes do templo ou da igreja. Nós nos incorporamos numa entidade vivente abstraída. Temos que ganhar dinheiro, poder ou influência. E só DEUS sabe o quanto se terá que fazer para se conquistar o quinhão da redenção mundana.
O mundo vira outro cenário, o de batalhas e lutas, ódios e vinganças, martírios e flagelos. DEUS ficou lá entre as paredes do templo ou da igreja. Não incorporamos DEUS em nosso dia-a-dia. A nossa rotina é estéril e áspera - desumana, desamorosa e desarmoniosa. E tudo sofre: o homem, o animal, o vegetal e a natureza. O meio termina virando um quarto ou um décimo.
Ou rezamos ou fazemos o jantar! Agora somos o serviçal de nossas ambições. Ter ambição não é pecado. O pecado moral é ter que burlar os limites da fraternidade, da solidariedade e da cooperação às custas de batalhas e lutas, ódios e vinganças, martírios e flagelos.
Poucos entenderam o evangelho como o "manual da administração pública ou privada". Ele, para muitos, é um elemento de alienação e fuga, para temperar ferveções.
Vimos muitas vezes criminosos, após crimes hediondos, portarem a bíblia, numa busca tardia ou numa falseada devoção e arrependimento. Mas praticaram o crime. E quantos de nós praticamos "crimes morais" na escalada da vida, numa competição sem regras, arquitetando vantagens e domínios. Nem todos são fortes e ardilosos. Muitos outros são fracos e oprimidos. E tem as criancinhas, os jovens e os velhinhos.
Mas, o evangelho como o "manual de políticas celestes" contem diretrizes para a vida.
Contem diretrizes para a administração planetária. Alguns já percebem isso. Outros precisarão "ler para crer". E quais tipos de diretrizes esse manual contem? Como não há uma "conexão" racionalizada entre evangelho - coisa de religião - e nossa atividade mundana, na rotina do dia-a-dia - coisa de vivente e sobrevivente - tenderemos a crer que as coisas são realmente separadas. Mas não são. Reclamamos da vida e de tudo, sofremos todo tipo de mágoa, todo tipo de maldade e muito poucas bondades. Não há sincronismo entre razão e coração. Ou rezamos ou fazemos o jantar!
Afinal, tudo isso de estado, de política, de trabalho, de caridade, de irmandade é uma utopia - inatingível e surreal? Bom, você terá que "ler para crer". Este pequeno texto é científico, matemático e metafísico. Mas, você precisará "ler para crer". Pule os números se não gostar, despreze as equações, mas aprecie os esquemas - a linguagem é direta. Pode ser ainda primitiva, embrionária, ainda infantil... Mas examine os esquemas.
Você irá vislumbrar o esperado "retorno de Jesus Cristo" - ecumênico: cristão, budista, hinduísta... Você irá vislumbrar o caminho...
Mas, se não ler não poderá crer, nem contestar e nem negar. Vamos continuar a reclamar da vida e de tudo, a sofrer todo tipo de mágoa, todo tipo de maldade e muito poucas bondades.
Número de páginas | 174 |
Edición | 1 (2015) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabado | Folleto |
Tipo de papel | Offset 80g |
Idioma | Portugués |
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